A hora zero se aproxima para Barack
Obama e Mitt Romney. Neste momento não há mais o que fazer para convencer
aqueles que ainda não decidiram em quem votar ou se irão votar. Porém, as
questões mais importantes para os hispânicos continuam as mesmas desde o início
da campanha: imigração e economia.
Neste ponto, não se pode voltar atrás e fazer o que ainda não foi feito,
de modo que os democratas carregam a bandeira do que conseguiram atingir e
insistem no que Mitt Romney não irá fazer. Cecilia Munoz, diretora do Conselho
de Política Nacional da Casa Branca, fala exclusivamente ao Terra sobre a capacidade de Obama.
Neste levantamento eleitoral sempre
existem culpados e, para Muñoz, eles são republicanos. É por causa deles que
não somos capazes de alcançar a reforma da imigração, afirma.
"O presidente sabe como
realizar a reforma da imigração, mas precisa de parceiros no Congresso",
disse ela.
"Nós temos uma política de
imigração altamente venenosa por parte dos republicanos, temos um candidato do
partido que diz que a política de imigração deveria ser a autodeportação e que
a lei do Arizona é um modelo para a nação. Isto não é uma política que sirva ao
país ou a comunidade", acusou.
Em junho passado veio "uma luz
no fim do túnel" para milhares de jovens, quando o presidente Obama deu a
ordem de suspender a deportação de imigrantes ilegais menores de 34 anos,
trazidos aos EUA ilegalmente por seus pais e que estivessem estudando. Desde 15
de agosto, 1,7 milhão de pessoas puderam solicitar permissão para permanecer no
país legalmente por mais dois anos.
Ela também afirmou que Obama poderia estender a ação, mas deixou claro,
contudo, que o objetivo do presidente não é continuar expandindo essa ação, mas
assinar o Dream Act ou
uma reforma da imigração. Durante esses quatro anos, o presidente tem procurado
dialogar com o Congresso e não tem sido escutado, afirmou.
Os republicanos contra-atacaram
dizendo que a ação foi politicamente calculada, porque durante a administração
de Obama houve mais deportações do que com o ex-presidente George W. Bush.
Em 2011, 396.906 pessoas foram
deportadas. Isso representa 89% a mais do que há três anos, de acordo com o
Departamento de Imigração.
A funcionária da Casa Branca disse
que o fato de mais imigrantes ilegais terem sido deportados durante o governo
Obama não o faz uma pessoa anti-imigrantes ou anti-latinos. Como presidente,
ele tem a tarefa de usar os recursos alocados pelo Congresso para isso.
Mas, o que o presidente tem feito é
mudar a estratégia de deportações e se concentrar em pessoas que cometeram
crimes. Segundo dados oficiais, 55% dos deportados tinham antecedentes
criminais.
"Foi dessa filosofia que saiu a
ação diferida para sonhadores, por exemplo", Muñoz defendeu.
Sobre a questão do desemprego, Muñoz
admitiu que a comunidade latina tem sido muito afetada. No entanto, ela insiste
que não é culpa de Obama e a pergunta que os republicanos fazem "se a
situação está melhor agora do que há quatro anos não é válida, porque há quatro
anos o país estava plena crise econômica".
"O país estava perdendo 800 mil
empregos por mês. Este é o presidente que parou a crise", disse ela,
explicando que foram criados mais de quatro milhões de novos empregos.
Mesmo com uma taxa nacional de
desemprego de 8%, para Muñoz, Obama conseguiu fazer o dever de casa e vai
continuar a demonstrar a sua capacidade se for reeleito.
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