sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Desembarques de imigrantes. Cancellieri: “Rigor, mas respeitando os Direitos Humanos”


A ministra do Interior à Câmara: “Fenômeno questiona as nossas consciências. Os acordos de cooperação reduziram os desembarques de 60 mil em 2011 para oito mil neste ano”
 A cooperação com os países de origem e de trânsito e o suporte da União Europeia, segundo a ministra do Interior, Anna Maria Cancellieri, são os ingredientes fundamentais para combater os desembarques de imigrantes. “Um objetivo – afirmou a titular do Viminale - que deve ser perseguido com rigor, mas sem perder de vista o respeito dos Direitos Humanos”.
Ao responder as questões apresentadas pela Lega Nord na Câmara, Cancellieri explicou que devido a “particular exposição da costa italiana aos fluxos de migrantes ilegais, a atenção do governo ao tema é mantida ao máximo nível”.  “Consolidamos as relações com os países costeiros do norte da África, em particular com a Tunísia e a Líbia, com os quais estamos conduzindo negociações para conseguir e conjugar maior eficiência no controle das fronteiras com o respeito aos direitos humanos”, disse a ministra, informando que também está sendo feito um constante monitoramento “dos migrantes provenientes da Síria, apesar das dificuldades para instalar um diálogo útil com tal país”.
Segundo Cancellieri,  a “crescente cooperação oferecida pelos paises de origem e de trânsito tem sido responsável pela diminuição dos desembarques e a prova são os dados numéricos.  “Em relação aos quase 60 mil ingressos ocorridos no ano passado, os fluxos reduziram para pouco mais de oito mil estrangeiros no mesmo período deste ano”, informou a ministra.
Sobre a  tragédia ocorrida em Lampedusa, dia 6 último, a ministra afirmou que o fato confirma que a Europa, sobretudo a Itália, “encontra-se diante de um fenômeno que não pode deixar de interrogar as consciências e que obriga a adoção de uma linha de ação que leve em conta tanto a exigência do rigor quanto a humanitária”. “Os Estados europeus devem adotar políticas comuns sábias para  enfrentar um fenômeno épico que deixa a Itália em uma situação de particular exposição”, acrescentou Cancellieri, anunciando que levará este tema também ao próximo Conselho Europeu dos Ministros do Interior.  


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