A alta comissária da Organização das
Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse nesta
segunda-feira estar "preocupada" com os recentes ataques a
acampamentos de ciganos romenos e búlgaros na França e pediu a Paris
"esforços suplementares" para integrar essas pessoas. Segundo ela, os
ataques tornam todos os moradores vulneráveis. O assunto é tema da reunião do
conselho, em Genebra, na Suíça.
Ela elogiou as medidas recentes do
governo do presidente da França, François Hollande, como o fim do imposto pago
pelo empregador búlgaro ou romeno ao Gabinete Francês da Imigração e
Integração. Mas considerou que são necessários "esforços
suplementares" na integração destas pessoas.
"Devem ser feitos esforços
suplementares para remediar as consequências dos ataques no quadro da
estratégia nacional para a integração dos ciganos e em plena conformidade com
as normas internacionais relativas aos direitos humanos", disse a alta
comissária.
O alerta de Pillay ocorre no momento
em que os ministros dos Assuntos Europeus da França, Bernard Cazeneuve, e do
Interior, Manuel Valls, vão à Romênia conversar sobre a situação de imigrantes.
A reunião ocorre na próxima sexta-feira.
Nas últimas semanas, centenas de
ciganos romenos e búlgaros foram retirados pelas autoridades francesas dos
acampamentos clandestinos em que viviam sob protestos de entidades de defesa
dos direitos humanos. A organização não governamental (ONG) Coletivo dos
Direitos do Homem Romeurope diz que cerca de 15 mil a 20 mil ciganos vivem na
França, a maioria, em Paris.
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