Parlamentares brasileiros e europeus discutiram nesta
quarta-feira (29) uma agenda positiva de migração entre os países da União
Europeia e o Brasil. Embora o público quisesse saber sobre barreiras para a possível
entrada de brasileiros na Europa, o deputado Peter Weiss, do parlamento alemão,
disse que estudantes têm cada vez menos exigências para entrar em uma
universidade europeia.
Para o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP),
episódios de endurecimento das fronteiras de países amigos na Europa, por parte
de serviços de imigração, motivaram respostas do governo brasileiro que
dificultam a integração. Ele se referia a brasileiros que foram barrados em
aeroportos por policiais de fronteira que, em sua opinião, agiram
apressadamente. “Perdemos oportunidades da troca de experiências, porque muitos
desses problemas ocorreram com pesquisadores e estudantes”, disse o deputado,
durante o Fórum Brasil-Europa.
“Já fomos muito criticados por termos critérios muito
rígidos para a aceitação de estrangeiros, mas a Alemanha tem abaixado as
exigências, principalmente em áreas que temos carência, como a medicina, por
exemplo”, respondeu Peter Weiss.
Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), os países
europeus têm o direito de proteger suas fronteiras e o emprego de seus
cidadãos, mas não deveriam fazer isso impondo barreiras, e sim financiando a
educação em países de onde vêm os imigrantes. “Se dermos oportunidades nos
países de origem, e criarmos a oportunidade, além de mais empregos, teremos
melhores condições de vida”, disse.
O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia,
deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), tem organizado debates trimestrais
entre os dois lados. Já a Fundação Konrad Adenauer organiza anualmente o Fórum
Brasil-Europa, que neste ano tem como tema os desafios e oportunidades da
migração de profissionais. “Além das oportunidades na Europa, temos de nos
acostumar com o contrário, o crescimento do Brasil vai atrair muitos europeus
para nosso mercado de trabalho”, disse Bala Rocha.
Diplomas
O deputado alemão Axel Knoerig relatou os trabalhos da União Europeia para o reconhecimento de diplomas dentro do próprio bloco, que levou os países a adotarem uma série de critérios para a validação de cursos e disciplinas entre universidades de países diferentes. Para ele, esse foi o primeiro passo real da integração de pessoas na Europa, e o segundo está dado a partir deste ano pela possibilidade de os cidadãos de 27 países poderem livremente procurar trabalho nos países uns dos outros. “Essa mobilidade deve ajudar a aplacar o desemprego, que atinge os países de maneira diferente”, disse.
O deputado alemão Axel Knoerig relatou os trabalhos da União Europeia para o reconhecimento de diplomas dentro do próprio bloco, que levou os países a adotarem uma série de critérios para a validação de cursos e disciplinas entre universidades de países diferentes. Para ele, esse foi o primeiro passo real da integração de pessoas na Europa, e o segundo está dado a partir deste ano pela possibilidade de os cidadãos de 27 países poderem livremente procurar trabalho nos países uns dos outros. “Essa mobilidade deve ajudar a aplacar o desemprego, que atinge os países de maneira diferente”, disse.
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO)
disse que o Mercosul está seguindo o mesmo
caminho, e a Câmara está discutindo a validação de diplomas entre os países do
bloco: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. “Ainda não estamos no
estágio do trabalho, mas, pelo menos, vamos assegurar que o aluno pode ir lá
estudar e terá seu curso reconhecido”, disse.
O Fórum Brasil-Europa terá continuidade nesta
quarta-feira (30), no Hotel Manhattan Plaza, em Brasília.
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