Ações policiais simultâneas resultaram na prisão de mais de
100 suspeitos em dez países europeus naquela que foi considerada a maior
operação já realizada na União Europeia contra agenciadores que promovem a
migração ilegal.
A
quadrilha, com sede em Kosovo e ramificações no submundo turco, era
especializada em trazer migrantes do Oriente Médio e norte da África,
especialmente Líbia, Síria e Iraque, cobrando milhares de dólares por pessoa,
segundo informações da polícia numa entrevista coletiva nesta quarta-feira em
Budapeste.
Os
migrantes, incluindo crianças, ficavam amontoados em ônibus, caminhões ou
navios, e às vezes precisavam caminhar por florestas geladas para cruzar
fronteiras, segundo declarações dos chefes de polícia de vários países.
Às
vezes, os migrantes morriam no caminho, como aconteceu com 16 deles que se
afogaram em 2009 no rio Tisza, perto da fronteira entre Sérvia e Hungria,
segundo a polícia.
Na
terça-feira, mais de 1.200 agentes fizeram buscas simultâneas em 117 locais,
efetuando 103 prisões. Antes disso, mais de uma dúzia de países havia cooperado
durante um ano e meio na identificação da quadrilha.
"Realmente
perturbamos de forma significativa essa organização principal", disse o
chefe da unidade de crime organizado da Missão de Estado de Direito da União
Europeia em Kosovo, Nicholas Dove.
Marton Dunai
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