terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Migrações: Portugal é o quarto país com maior número de cidadãos em mobilidade na União Europeia


Perfil do emigrante europeu distante da condição social ou cultural, defende responsável da Cáritas Europa


Migrações: Portugal é o quarto país com maior número de cidadãos em mobilidade na União Europeia
Perfil do emigrante europeu distante da condição social ou cultural, defende responsável da Cáritas Europa
Fátima, Santarém, 12 jan 2013 (Ecclesia) – Mais de um terço dos cidadãos não nacionais que vivem na União Europeia (EU) são de outro Estado Membro, sendo Portugal o quarto país de onde partem mais emigrantes para o Continente, revela o Erostat.
Dados do serviço de estatística da União Europeia foram recordados hoje, em Fátima, por Maria Segurado, responsável na Cáritas Europa pelo setor das Migrações, ao definir o perfil do migrante na Europa.
“Mais de um terço (um total de 12,3 milhões de pessoas) de todos os não nacionais que viviam na UE-27 em 1 de janeiro de 2010 eram cidadãos de outro Estado-Membro da EU”, recordou a conferencista, que trabalha também na Cáritas de Espanha a problemática da mobilidade humana.
Os países que mais contribuem para esta mobilidade são a Roménia, a Polónia, a Itália, aque se seguem Portugal e o Reino Unido.
Segundo Maria Segurado, o migrante europeu “não é pobre nem negro”, não se compara ao emigrante da segunda metade do séc. XX, que partia de longe e sem qualquer recurso, sendo atualmente o maior grupo proveniente de um país europeu (36,5%).
Dados do Eurostat informam também que mais de 75% dos estrangeiros na EU residem em 5 estados membro (Alemanha, Espanha, Reino Unido), concentrando-se no Luxemburgo, país de destino de muitos emigrantes portugueses, a maior percentagem de trabalho de cidadãos de outro país (43,0%).
Questionada pela Agência ECCLESIA sobre as mudanças neste perfil do migrante europeu, Maria Segurado disse que elas acontecem não por causa de condições económicas que se alteram, mas porque a Europa vai “endurecendo” políticas de acolhimento aos migrantes.
Para a responsável na Cáritas Europa, as atitudes em relação aos africanos e em relação aos sul-americanos são exemplos de políticas cada vez mais restritivas em relação à mobilidade humana na UE
“Vai entrar menos gente menos gente não porque não há trabalho, mas porque é mais difícil entrar. E se entra depois é expulso”, sublinhou.
O Encontro de Agentes Sócio-pastorais das Migrações, promovido pela Obra Católica Portuguesa de Migrações em parceria com a Cáritas Portuguesa e a Agência ECCLESIA, comemora em Portugal o 99.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que a Igreja Católica assinala este domingo.
Fátima, Santarém, 12 jan 2013 (Ecclesia) – Mais de um terço dos cidadãos não nacionais que vivem na União Europeia (UE) são de outro Estado-Membro, sendo Portugal o quarto país de onde partem mais emigrantes para o Continente, revela o Eurostat.
Os dados do serviço de estatística da União Europeia foram recordados hoje, em Fátima, por Maria Segurado, responsável na Cáritas Europa pelo setor das Migrações, ao definir o perfil do migrante na Europa.
“Mais de um terço (um total de 12,3 milhões de pessoas) de todos os não nacionais que viviam na UE-27 em 1 de janeiro de 2010 eram cidadãos de outro Estado-Membro da UE”, recordou a conferencista, que trabalha também na Cáritas de Espanha a problemática da mobilidade humana.
Os países que mais contribuem para esta mobilidade são a Roménia, a Polónia, a Itália, aque se seguem Portugal e o Reino Unido.
Segundo Maria Segurado, o migrante europeu “não é pobre nem negro”, não se compara ao emigrante da segunda metade do séc. XX, que partia de longe e sem qualquer recurso, sendo atualmente o maior grupo proveniente de um país europeu (36,5%).
Dados do Eurostat informam também que mais de 75% dos estrangeiros na UE residem em 5 estados membro (Alemanha, Espanha, Reino Unido), concentrando-se no Luxemburgo, país de destino de muitos emigrantes portugueses, a maior percentagem de trabalho de cidadãos de outro país (43,0%).
Questionada pela Agência ECCLESIA sobre as mudanças neste perfil do migrante europeu, Maria Segurado disse que elas acontecem não por causa de condições económicas que se alteram, mas porque a Europa vai “endurecendo” políticas de acolhimento aos migrantes.
Para a responsável na Cáritas Europa, as atitudes em relação aos africanos e em relação aos sul-americanos são exemplos de políticas cada vez mais restritivas em relação à mobilidade humana na UE.
“Vai entrar menos gente menos gente não porque não há trabalho, mas porque é mais difícil entrar. E se entra depois é expulso”, sublinhou.
O Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações, promovido pela Obra Católica Portuguesa de Migrações em parceria com a Cáritas Portuguesa e a Agência ECCLESIA, comemora em Portugal o 99.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que a Igreja Católica assinala este domingo.

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