O governo dos Estados
Unidos gastou, em 2012, mais 24% nas agências responsáveis pelo cumprimento das
leis de imigração e na vigilância de fronteiras do que no restante dos
organismos federais encarregados de combater o crime. Os dados estão em um
relatório do Instituto de Política Migratória. Desde 1990, mais de 4 milhões de
estrangeiros, grande parte em situação irregular, foram deportados. Em 1990,
foram 30 mil deportados e, em 2011, 400 mil.
O relatório indica que
no ano passado os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 18 bilhões em
medidas policiais contra a imigração ilegal, mais 24% do que o valor utilizado
pelas agências policiais federais, incluindo o FBI, o departamento federal de
investigação, a Direção Antidroga (DEA) e os serviços secretos.
O relatório, de 182
páginas, foi divulgado no momento em que a administração do presidente
norte-americano, Barack Obama, e o Congresso debatem uma eventual reforma
migratória para regularizar a situação de cerca de 11 milhões de imigrantes
ilegais que estão no país.
De acordo com o
documento, os recursos foram aplicados em departamentos aduaneiros, na proteção
fronteiriça, de imigração e em programa do Departamento de Segurança Nacional,
como a coleta de impressões digitais e de dados dos estrangeiros que visitam o
país.
O governo
norte-americano gastou ainda US$ 14,4 bilhões nas demais agências federais
encarregadas de combater a criminalidade, como o FBI, o DEA, os serviços
secretos e o Departamento de Controle do Álcool, Tabaco e Armas de Fogo.
Em 1986, o governo
norte-americano promoveu a chamada anistia para os imigrantes sem documentos.
Em 26 anos, foram gastos aproximadamente US$ 186,8 bilhões em medidas policiais
contra a imigração ilegal. Nos últimos sete anos, o número de policiais nas
fronteiras dos Estados Unidos praticamente duplicou, segundo o doumento, para
21.370 homens.
Agencia Brasil
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