“A falta uma política padronizada na União
Europeia em matéria de concessão da cidadania aos filhos de imigrantes cria
disparidades. A Itália está atrasada, sobretudo em relação às segundas
gerações, com leis e políticas que não estão de acordo com a opinião pública” –
esta é a conclusão do Censis, que em dezembro lançou o Relatório 2012 sobre a
atual situação social do país.
De
acordo com o estudo, que dedica um capítulo à segurança e à cidadania,“ao
interno dos países membros da União Europeia vigoram normativas e procedimentos
profundamente diferentes sobre o direito da nacionalidade, que tornam urgentes
a necessidade de individualizar padrões europeus comuns”. Essas diferenças, de
acordo com os pesquisadores, correm o risco de produzir condições jurídicas não
homogêneas para os cidadãos de origem estrangeira e que, por conseqüência,
gerará disparidade de tratamentos”.
“A
normativa italiana - evidencia o relatório – se revela decisivamente atrasada
quando se examina as regras para a aquisição da cidadania por parte dos menores
filhos de imigrantes. A criança estrangeira nascida na Itália, de fato, poderá
obter a nacionalidade somente quando completar a maioridade, e desde que tenha
residido ininterruptamente no território nacional e declare, no prazo de um ano,
de querer adquirir a cidadania italiana”.
A
lei, de acordo com os pesquisadores do Censis, vai na contramão da opinião
pública parece ter uma posição mais maleável e favorável ao reconhecimento do
ius soli: 72% dos italianos declara favorável ao reconhecimento da
cidadania aos filhos dos imigrantes nascidos na Itália. Apesar disso, destaca o
relatório, “o impulso à renovação da opinião pública não é verificado no plano
político. No momento, o Parlamento examina numerosas propostas de lei e também
a iniciativa popular lançada no âmbito da campanha “L’Italia sono anch’io”, que
obteve grande consenso, mas não deu resultados”.
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