Ao redor de 40 migantes sem documentos, em sua
maioria argelinos, mantêm um jejum há dois meses na cidade francesa de Lille
para exigir às autoridades a regularização do seu status.
Os manifestantes, entre os quais há sete
mulheres, estão instalados em uma barraca em frente à igreja de Saint-Maurice,
em pleno centro dessa cidade.
"Estamos morrendo por um pedaço de papel,
mas ninguém nos escuta", declarou ao jornal L'Humanité, Saliha, uma
argelina de 40 anos.
Denunciou que dois de seus colegas foram
devolvidos ao seu país no fim do ano com as mãos atadas e a boca tampada, como
se fossem animais.
Devido ao longo período de jejum muitos dos
migrantes perderam até 20 quilos, apresentam vômitos e dores de estômago e
alguns têm problemas na vista, declarou outro dos manifestantes.
Este fim de semana centenas de pessoas,
lideradas pelo bispo Jacques Gaillot, marcharam pelas ruas de Lille para exigir
à prefeitura uma solução ao caso dos migrantes.
"Esperamos um ato forte das autoridades,
para que estes jovens detenham o jejum", disse Gaillot.
Após vários protestos em Lille e Paris, diante da sede do oficialista
Partido Socialista e na embaixada do Vaticano, os migrantes obtiveram a
promessa das autoridades de uma reunião na quarta-feira para analisar os
expedientesPrensa Latina
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