A lista é liderada pela Ucrânia e Marrocos, com mais de 11 mil casos
cada, apenas nos seis primeiros meses de 2017
Cresce a deportação de brasileiros da Europa. Só no primeiro semestre deste ano, 3,1 mil ilegais foram obrigados a sair do continente, segundo dados divulgados segunda-feira pela Agência de Fronteiras da Europa, Frontex. No mesmo período do ano passado, atingiram 2,3 mil brasileiros. Foi um aumento de 37% em um ano. De acordo com Frontex, o Brasil está entre os 10 países com o maior número de expulsões. Brasileiros que chegaram ao continente entre 2015 e 2016 estão recebendo as ordens judiciais de deportação em países como França, Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido.
No total, a Europa emitiu 303 mil ordens de expulsões contra estrangeiros vivendo de forma irregular no continente em 2016. A lista é liderada pela Ucrânia e Marrocos, com mais de 11 mil casos cada, apenas nos seis primeiros meses de 2017.
O sociólogo da Universidade de Brasília (UnB)
Antônio Flávio Testa afirma que a alta deportação não é um fator recente e que
vem subindo ano após ano. “Desde os anos 1990, as pessoas, principalmente os
mais jovens, queriam ir embora, ganhar dinheiro e voltar. Houve uma abertura de
fronteiras em decorrência da globalização e da diplomacia. Mas tem muita gente
irregular. Tem que ser formalizado, ter documentação e passar por toda a
burocracia. Se não for assim, não se entra em mercado formal, recebe menos e
tem subempregos como alternativa, daí são deportados. Tudo isso também está
intimamente ligado à geração de empregos no Brasil e a crise pela qual passamos
e muitos vão para fora tentar a sorte, mesmo que sem as condições ideais”.
Para o economista Newton Ferreira da Silva Marques, isso ocorre porque os brasileiros acabam competindo diretamente na empregabilidade. “O Parlamento está fechando o cerco porque o brasileiro pega o espaço de quem está procurando trabalho na Europa. Com isso, começa uma caça às bruxas ao imigrante, que já sofre preconceito. Os que estão irregulares são ainda mais fáceis, porque as leis estão muito restritivas. O reflexo é esse, a deportação.”
Nos três primeiros meses de 2016, 986 brasileiros tiveram ordens de expulsão. Em 2017, no mesmo período, o número subiu para 1,5 mil e, entre abril e junho, o número foi de 1.619 expulsões. O Brasil entrou na lista dos 10 primeiros em 2011, quando 6 mil brasileiros foram expulsos.
Para o economista Newton Ferreira da Silva Marques, isso ocorre porque os brasileiros acabam competindo diretamente na empregabilidade. “O Parlamento está fechando o cerco porque o brasileiro pega o espaço de quem está procurando trabalho na Europa. Com isso, começa uma caça às bruxas ao imigrante, que já sofre preconceito. Os que estão irregulares são ainda mais fáceis, porque as leis estão muito restritivas. O reflexo é esse, a deportação.”
Nos três primeiros meses de 2016, 986 brasileiros tiveram ordens de expulsão. Em 2017, no mesmo período, o número subiu para 1,5 mil e, entre abril e junho, o número foi de 1.619 expulsões. O Brasil entrou na lista dos 10 primeiros em 2011, quando 6 mil brasileiros foram expulsos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário