A maioria dos especialistas em imigração estima que desde o agravamento
da crise financeira cerca de 100 mil portugueses têm deixado o país anualmente
em busca de trabalho. Há, porém, cálculos mais agressivos. A Obra Católica para
Migrações, departamento da Igreja Católica que acompanha o tema, estima 150 mil
saídas de portugueses em 2012 e 100 mil em 2011. O nível é comparável ao
observado na década de 60, quando mais de 120 mil portugueses deixavam o país
por ano.
Com esse volume migratório, a importância das remessas volta a crescer
no balanço de pagamentos. Em 12 meses encerrados em setembro, transferências
para manutenção da família foram responsáveis pela entrada de € 2,911 bilhões,
segundo dados do Banco de Portugal. O volume cresceu 9,5% em um ano e 21,2% em
dois anos.
Se fosse um produto, as remessas já seriam o segundo item mais
importante da pauta de exportação. Os quase € 3 bilhões são comparáveis à
exportação de óleos de petróleo ou minerais, principal item da pauta de
exportações, que somou € 3,42 bilhões em 2012.
Estadão
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