segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Patrulha da Fronteira prende 420 mil estrangeiros e bate recorde em 1 ano

Na quinta-feira (31), o diretor da Patrulha da Fronteira informou que seus agentes realizaram apro­ximadamente 420 mil prisões durante o ano fiscal que terminou em setembro de 2013, um aumento de 15% com relação ao período anterior. Este foi o segundo ano consecutivo que os patrulheiros registraram índices recordes, depois do  número mais baixo de detenções nos últimos 40 anos registrado em 2011.
O Diretor Michael Fisher divulgou os índices preliminares durante uma conferência sobre leis migratórias. Ele detalhou que as prisões totalizaram entre 320 mil a 330 mil indivíduos diferentes e não informou quantas detenções ocorreram ao longo da fronteira mexicana.
A Patrulha da Fronteira tem presenciado o aumento das tentativas de entradas clandestinas no país na região do Vale do Rio Grande, no sul do Texas, desde 2012. Fisher frisou que parte do aumento no número de prisões se deve ao fato de cada vez mais pessoas naturais de outros países, não incluindo o México, tentam atravessar a fronteira sul, muitos deles jovens da América Central que tentam fugir da violência gerada por quadrilhas e o narcotráfico em seus países de origem.
Um exemplo disso é a prisão do 3º entre os 5 suspeitos de envolvimento no assassinato do agente da fronteira Brian Terry, cujo homicídio chamou atenção para a Operação Rápida e Furiosa (Operation Fast and Furious), que visava o combate ao tráfico de armas. O canal de TV Fox Latino confirmou a prisão de Ivan Soto Barraza, de 35 anos, entretanto, foram divulgados poucos detalhes sobre a sua prisão.
Ivan era procurado pelo FBI em decorrência das acusações de homicídio em 1º e 2º graus, agredir fisicamente uma autoridade federal, roubo e posse ilegal de arma, durante o assassinato de Terry em dezembro de 2010, em um tiroteio ocorrido no Arizona, próximo à fronteira mexicana.
“A família (da vítima) está entusiasmada, entretanto, ainda temos mais dois suspeitos foragidos no México. Esse é um caso em andamento”, comentou Robert Heyer, porta-voz da família de Terry, na quinta-feira (31).
Na Operação Rápida e Curiosa e pelo menos 3 outras do gênero realizadas durante a administração do Presidente George W. Bush, agentes lotados no Arizona realizaram uma tática arriscada chamada de “caminhando armado”, que permite criminosos envolvidos no tráfico de armas comprarem dezenas de armas em lojas especializadas. O objetivo era rastrear essas armas e chegar aos grandes traficantes e cartéis de drogas para assim prender os principais traficantes foragidos da justiça, depois da prisão dos compradores de armas suspeitos de as venderem para outros indivíduos.
Duas pistolas encontradas no local do homicídio foram compradas pelo membro de uma quadrilha de traficantes de armas que estava sendo monitorada na operação. Críticos atacaram as autoridades federais por permitir que criminosos saiam das lojas de armas na região metropolitana de Phoenix, ao invés de prender imediatamente os suspeitos.
Durante a Operação Rápida e Furiosa, muitas das armas não foram monitoradas e terminaram em cenas de crime no México e EUA, incluindo o tiroteio que matou Terry.
Os cinco suspeitos, além de outro indivíduo que enfrenta acusações menos graves no caso, entraram nos Estados Unidos oriundos do México com o objetivo de roubar traficantes de maconha, segundo documentos na Corte. O FBI continua a tentar prender os outros dois suspeitos no assassinato de Terry, Jesus Favela Astorga e Heráclio “Laco” Osório Arellanes.
O aumento da vigilância nas fronteiras intensificou a ocorrência de prisões e fez com que os imigrantes busquem lugares cada vez mais remotos e perigosos para tentar entrar clandestinamente nos EUA.


Brasilian voice

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