domingo, 11 de dezembro de 2011

Brasileiros são os que mais pedem ajuda para voltar a casa

Os emigrantes brasileiros foram os que mais receberam ajuda da Organização Internacional das Migrações (OIM) para regressar voluntariamente ao seu país em 2010, com quase 2.500 casos registados, cenário que se justifica pela tendência de crescimento económico que o Brasil tem registado, associado à crise que afecta os países da Europa.O relatório mundial das migrações de 2011, publicado esta terça-feira pela OIM, revela que o Brasil lidera a lista dos países receptores de emigrantes beneficiários do programa de retorno voluntário da organização, seguido-se a Rússia, o Iraque, o Kosovo e a Sérvia, noticia a Lusa.Em Portugal, o número de imigrantes ajuda para retornar aos países de origem está a registar um «grande crescimento» e os brasileiros constituem a grande maioria (84 por cento).De acordo com os dados divulgados pela OIM em Portugal, o programa apoiou 382 brasileiros a regressar nos primeiros 10 meses de 2011.A assistência ao retorno voluntário e reintegração cobriu 166 países em 2010, através de 80 programas, e representou uma despesa de 142 milhões de dólares (106 milhões de euros).No total, 34.014 pessoas beneficiaram deste apoio e aproximadamente 330 mil, em mais de 170 países, foram beneficiárias desde 2000.Segundo a organização, os emigrantes apoiados são maioritariamente homens e tinham entre 20 e 30 anos quando partiram dos seus países em busca de melhores condições de vida, por vezes acompanhados de familiares. A decisão de regressar é geralmente motivada por questões pessoais ou socioeconómicas. A lista dos países de onde provêm os emigrantes é encabeçada pelo Reino Unido (com cerca de 4.500 casos), seguido da Alemanha, Áustria, Holanda e Bélgica.No entanto, o mesmo relatório revela que existem novos padrões de migrações na América Latina, com novos imigrantes a chegar do exterior, particularmente dos países do Sul.

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