sábado, 25 de junho de 2011

Governo autoriza que 237 haitianos fiquem no País


O Conselho Nacional de Imigração (CNIg) concedeu, autorização para a permanência no Brasil a 237 haitianos que migraram para a região de Manaus desde o terremoto que atingiu o país da América Central, em 2010.

O pedido foi encaminhado ao órgão ligado ao Ministério do Trabalho pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare).

Em nota, o CNIg afirma que fará uma última análise para conferir se todos os casos "se enquadram no fator humanitário". No último mês de março, outros 199 haitianos receberam a concessão.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, justificou a medida afirmando que "o Brasil desfruta de uma posição positiva em relação a mercado de trabalho e produtividade, o que nos possibilita receber estes cidadãos".

Perfil

De acordo com o ministério, a maioria dos haitianos que chegou ao Brasil depois do terremoto é composta de homens de entre 20 e 30 anos e grau de escolaridade correspondente ao ensino médio incompleto.

Quase todos eles, segundo o CNIg, declararam possuírem alguma profissão. "Este fator é que faz com que muitos já estejam empregados no Brasil, mesmo com a barreira do idioma, como os que estão em Manaus, quase todos já empregados", afirmou o presidente do órgão, Paulo Sérgio de Almeida. Boa parte deles vive em Manaus.

Em 2011, o País tem registrado um fluxo migratório de cidadãos haitianos na média de 200 por mês. O procedimento padrão é que eles procurem a Polícia Federal (PF) para que ela acione o Ministério da Justiça. Caso se comprove a necessidade de refúgio, o Conare encaminha o pedido de permanência para avaliação do CNIg. Então, os haitianos então devem retornar à PF para solicitar a emissão do visto de residência.

Pedido

Na última segunda-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) havia pedido aos líderes mundiais que evitassem deportar haitianos. O apelo, segundo as autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorreu porque a situação no país ainda é precária.

O Acnur pediu ainda que a comunidade internacional renove a ajuda destinada ao Haiti, assim como as autorizações de residência que têm permitido a haitianos permanecer fora do seu país.

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