OIM trabalha com o governo
brasileiro para desenvolver as políticas migratórias que promovem os direitos
humanos dos migrantes – A partir de
um acordo assinado entre a OIM – Organização Internacional para as Migrações e
o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a OIM iniciou
recentemente a implementar um projeto em parceria com o DEEST – Departamento de
Imigração da Secretaria de Justiça do Ministério da Justiça, para desenvolver
políticas de promoção dos direitos humanos dos migrantes.
“O trabalho da OIM começará com o mapeamento dos principais atores do
governo e da sociedade civil, incluindo a identificação de competências e serviços
prestados aos migrantes. Com base nestes resultados, a OIM vai preparar
recomendações sobre as áreas que precisam ser fortalecidas”, explica Diego Beltrand,
Diretor Regional para a América do Sul.
A previsão de prazo para a construção do mapeamento é de 4 meses e a
coleta de dados já iniciou. Espera-se ampla participação das instituições
envolvidas na temática migratória da sociedade civil e do setor público, assim
como das entidades acadêmicas e das associações de migrantes. Assim que forem
coletadas as informações, a OIM vai reunir os principais atores para uma discussão
aprofundada, a fim de fornecer a base para uma série de recomendações às
pessoas encarregadas de definir as políticas, a fim de assegurar que os
direitos dos migrantes estejam incluídos na nova lei de migração do país. Para participar do mapeamento é só clicar no link
https://docs.google.com/spreadsheet/formResponse?formkey=dGV6MG4xU2dEbW1ody1BbVp3d01HTmc6MQ&theme=0AX42CRMsmRFbUy01MGMxMmMzMS1hZDI5LTQwNDYtOGRkMS1mN2E5Y2ZjYmUzMzk&ptok=4659493117817083223&ifq e enviar o questionário preenchido. O mesmo link disponibiliza os dados para entrar em contato com a coordenação do projeto.
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A contribuição da OIM também inclui um estudo do marco legal vigente e das
políticas existentes, a fim de identificar lacunas que precisam ser preenchidas
para que o Brasil possa responder aos desafios atuais da migração.
Como maior economia da América Latina e a segunda no hemisfério
ocidental, e de frente para dois eventos esportivos de grande relevância – a
Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2015 – o Brasil enfrenta importantes
desafios de imigração.
“A legislação de imigração vigente entrou em vigor em um período em que a
política e a economia eram completamente diferentes, fazendo com que as
necessidades que o Brasil enfrenta nos dias atuais não sejam respondidas,
incluindo a proteção dos direitos humanos dos migrantes e sua integração, assim
como o combate a eventuais atos de xenofobia e à discriminação contra os
migrantes”, acrescentou Bertrand.
Os dados oficiais do Ministério da Justiça registram um total de 1.589.502
estrangeiros vivendo no País atualmente. Em 2010, o número de migrantes
regulares que viviam no Brasil era de 961.877 pessoas. Um estudo recente indica
que entre 2006 e 2011 o Brasil viu um aumento no número de vistos de trabalho,
especialmente aqueles para fins de trabalho temporário, de 17.056 em 2006 e
40.540 em 2009 para 66.769 em 2011.
Os principais países de origem dos migrantes que chegam ao Brasil são os
vizinhos países: Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Os migrantes chegam
também de lugares distantes como África, Caribe e Europa. O país também está acolhendo
cidadãos que migraram, principalmente para os Estados Unidos, Espanha e
Portugal, e que decidiram voltar para casa. Segundo o Departamento de
Estrangeiros não é possível quantificar o número de imigrantes irregulares, mas
estima-se que o total não seja superior a 100.000 pessoas.
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