Instalação do Projeto Orinoco que atende migrantes e refugiados — Foto: Cáritas/Divulgação
A Cáritas já atendeu 10.885 migrantes e refugiados da
Venezuela que vivem em situação de rua em Boa Vista e Pacaraima, na fronteira,
com serviços de água, saneamento e higiene. Os dados são de novembro do ano passado
até 3 de agosto deste ano.
Os atendimentos são feitos por meio do Projeto Orinoco:
Águas que Atravessam Fronteiras. Os atendimentos são referentes à segunda fase
do trabalho, iniciada em novembro de 2020.
Conforme o assessor local de monitoramento da Cáritas,
Wellthon Leal, um dos encarregados de acompanhar as metas e indicadores do
projeto, a previsão era atender nesta segunda fase do Orinoco 6.554 migrantes
únicos. Mas, com a abertura parcial da fronteira, em junho desde ano, houve um
aumento nos atendimentos.
“No mês de julho houve um grande aumento de cadastros e
acessos às instalações do Projeto Orinoco, sobretudo em Pacaraima [cidade
fronteira com o país vizinho ao Brasil]. Em Pacaraima, os acessos saíram de
1.018 em junho para 3.025 em julho, cerca de três vezes mais”, disse Leal. Nos
últimos oito meses, o projeto atendeu 10.766 pessoas.
Instalação do Projeto Orinoco que atende migrantes e
refugiados — Foto: Cáritas/Divulgação
Instalação do Projeto Orinoco que atende migrantes e refugiados
— Foto: Cáritas/Divulgação
Todos os números de acesso único, e também o perfil da
população atendida, são acompanhados e publicados mensalmente pela equipe de
monitoramento do projeto na plataforma de dados Power Bi.
Projeto Orinoco
O Orinoco, financiado pela pela Agência dos Estados Unidades
para o Desenvolvimento Internacional e Bureau for Humanitarian Assistance
(BHA/USAID), atende a população em extrema vulnerabilidade social e econômica,
que vive na capital Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela,
desde 2019.
O projeto possui, nas duas cidades assistidas, locais estruturados com banheiros, duchas, lavanderias e bebedouros. Na capital são três instalações e em Pacaraima, uma.
Além das instalações sanitárias, o Orinoco também promove
melhorias de água e saneamento em 15 ocupações espontâneas (locais que possuem
estruturas improvisadas) atendidas pela Cáritas em Roraima, na capital do
estado e na fronteira com o país vizinho.
Nestes locais, são garantidos módulos de banheiro, com
sanitário, chuveiro e pias; estações de lavagem de roupas; melhorias nas
estruturas já construídas pelas comunidades; e distribuição de kits de limpeza
e de higiene pessoal, com momentos educativos, como resposta de proteção ao
coronavírus.
Em abril deste ano, Orinoco também estendeu as ações para as
comunidades indígenas Tarau Paru, Sorocaima e Bananal, na região do Alto São
Marcos, em Roraima, que têm recebido indígenas Taurepang do lado venezuelano,
diante ao agravamento na crise migratória, política e econômica, enfrentada
pela Venezuela desde 2015.
G1
/g1.globo.com/
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