A Congregação enviou dois missionários para o Amazonas em 2008; segundo o padre Valdecir Maia Molinari (CS), após os haitianos, os venezuelanos são agora o segundo maior grupo atendido.
A acolhida aos imigrantes venezuelanos é uma das urgências migratórias que mais preocupam a Congregação dos Missionários Scalabrinianos nos países da América do Sul.
O tema foi debatido com a reportagem da Rede Scalabriniana de Comunicação durante a V Assembleia Regional que ocorre em Guaporé (RS), até quinta-feira (12). Recentemente o bispo scalabriniano, dom Adilson Busin, esteve em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, em uma ação cristã e humanitária da Comissão Episcopal Pastoral para o Enfrentamento do Tráfico de Seres Humanos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Se o ingresso dos venezuelanos é considerado intenso no Brasil, no Peru chega a proporções bem superiores. Segundo os missionários scalabrinianos que estão na Missão de Fronteira Chile/Peru, pelos menos 130 mil venezuelanos estão no Peru e Chile atualmente. Eles são acolhidos pelos scalabrinianos nas casas de passagem de Arica e Tacna. No Brasil, além de Roraima, chegam em número expressivo em Manaus (AM), em Florianópolis (SC) e em São Paulo, na Missão Paz.
Em Roraima, onde pelo menos 40 mil venezuelanos ingressaram por meio da fronteira, a assistência da Igreja Católica diminui o estado de calamidade em que se encontram, muitos na mendicância e na exploração sexual. O governo federal adotou como estratégia para desafogar as estruturas sociais em Roraima, a distribuição dos imigrantes em três estados: São Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
A Congregação enviou dois missionários para o Amazonas em 2008. De lá para cá, segundo o padre Valdecir Maia Molinari (CS), que está na Missão em Manaus, após os haitianos, os venezuelanos são agora o segundo maior grupo atendido.
"Nós mantemos com apoio da Congregação e do SIMN (Rede Internacional de Migração Scalabrini), uma casa de acolhimento. É preciso notar que, os venezuelanos que vão para o Chile, são os que têm formação e são mais bem aceitos. Aqueles que entram e ficam aqui na Brasil, são os mais vulneráveis. Acompanhamos, por exemplo, um grupo de 150 indígenas e estamos aprendendo como atendê-los, o que para nós é difícil ainda", diz o padre Valdecir.
A V Assembleia Regional dos Missionários Scalabrinianos também celebra o jubileu de 25 anos de ordenação e visa sacerdotal de vários padres, com uma missa comemorativa nesta quarta-feira (11).
Roseli Rossi Lara - Rede Scalabriniana
www.miguelimigrante.blogspot.com
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