Tema de recorrente discussão na atualidade, a migração será debatida no 1º Colóquio Internacional de Pesquisas e Estudos Migratórios, realizado pelo Departamento de Serviço Social da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O evento será realizado de 12 a 14 de abril e tem como proposta ampliar as reflexões sobre o assunto em âmbito internacional, nacional e regional.
"Os imigrantes são portadores de direitos, como educação, saúde e assistência social. Isso não é um favor e eles não estão retirando vagas dos brasileiros. É responsabilidade da universidade pensar os problemas sociais, buscar respostas e ajudar o setor público a propor soluções", afirma Líria Maria Bettiol Lanza, professora coordenadora do evento.
Em meio às perspectivas mundiais acerca do assunto, em que países desenvolvidos estão fechando suas portas e o Brasil estabelece a Lei da Migração, que entrou em vigor no fim de 2017, a programação visa contemplar as discussões sobre questões atuais no País e no mundo, considerando pesquisadores de outras nacionalidades para apresentar seus estudos e compartilhar suas experiências.
"Vamos analisar a conjuntura mundial nesse processo de crise global e a alteração desse sentido no Brasil, um dos lugares que os imigrantes têm como direcionamento. Um processo inverso que a gente faz, que é de rever uma postura bastante restrita, controladora, desses imigrantes, e passa a ter essa perspectiva atual dos direitos humanos", expõe a professora.
Também entra em questão a realidade brasileira em suprir a demanda, já que os próprios nativos possuem suas dificuldades. "A gente já sabe que o mercado de trabalho brasileiro sempre foi excludente para os próprios nacionais, mas no caso dos imigrantes isso se potencializa. Eles têm dificuldades com o idioma, cultura, de se inserirem e também têm a própria discriminação, traços de xenofobia, o que dificulta muito o processo", afirma.
RML
A imigração na Região Metropolitana de Londrina é estudada pelo projeto de pesquisa "Trajetórias de imigrantes nos territórios: a construção do acesso às políticas de seguridade social" e pelo projeto de extensão "Migrar com Direitos", colocando 20 estudantes da graduação, pós-graduação e profissionais e professores da UEL em pesquisa coordenada por Lanza.
Nas ações, são feitos levantamentos de cinco cidades: Jaguapitã, Rolândia, Cambé, Arapongas e Londrina com a parceria do Cáritas arquidiocesana, que acolhe imigrantes no Paraná. "A intenção do evento é problematizar um pouco a presença dos imigrantes na Região Metropolitana de Londrina a partir das suas particularidades. A nossa região tem histórico de imigração diferente da atual, que são imigrantes de países empobrecidos em conflitos econômicos, políticos e sociais, alguns refugiados. Essas particularidades são determinantes na questão da imigração, mas, sobretudo, naquilo que nos preocupa muito enquanto assistentes sociais que são os acessos às políticas públicas sociais."
Nesta questão, salienta que o evento não é apenas para a comunidade acadêmica, mas toda sociedade, que precisa entender os processos da inserção do imigrante em nossa região. "Embora tenha um avanço à nova legislação, ainda carecemos de um espaço adequado para responder essas demandas, que, por vezes, são identificadas, inclusive pelo setor público, como uma sobrecarga e não como um direito. Então, esse processo precisa ser debatido com a sociedade", afirma.
A programação do colóquio prevê três mesas-redondas, exposição fotográfica, lançamento do informativo direcionado aos profissionais e apresentação de pesquisas em dois eixos: "Debate Teórico sobre Imigração na Perspectiva Interdisciplinar" e "Políticas Migratórias e Direitos Humanos". A iniciativa é do Departamento de Serviço Social, em parceria com o programa de pós-graduação em Serviço Social e Política Social.
"Os imigrantes são portadores de direitos, como educação, saúde e assistência social. Isso não é um favor e eles não estão retirando vagas dos brasileiros. É responsabilidade da universidade pensar os problemas sociais, buscar respostas e ajudar o setor público a propor soluções", afirma Líria Maria Bettiol Lanza, professora coordenadora do evento.
Em meio às perspectivas mundiais acerca do assunto, em que países desenvolvidos estão fechando suas portas e o Brasil estabelece a Lei da Migração, que entrou em vigor no fim de 2017, a programação visa contemplar as discussões sobre questões atuais no País e no mundo, considerando pesquisadores de outras nacionalidades para apresentar seus estudos e compartilhar suas experiências.
"Vamos analisar a conjuntura mundial nesse processo de crise global e a alteração desse sentido no Brasil, um dos lugares que os imigrantes têm como direcionamento. Um processo inverso que a gente faz, que é de rever uma postura bastante restrita, controladora, desses imigrantes, e passa a ter essa perspectiva atual dos direitos humanos", expõe a professora.
Também entra em questão a realidade brasileira em suprir a demanda, já que os próprios nativos possuem suas dificuldades. "A gente já sabe que o mercado de trabalho brasileiro sempre foi excludente para os próprios nacionais, mas no caso dos imigrantes isso se potencializa. Eles têm dificuldades com o idioma, cultura, de se inserirem e também têm a própria discriminação, traços de xenofobia, o que dificulta muito o processo", afirma.
RML
A imigração na Região Metropolitana de Londrina é estudada pelo projeto de pesquisa "Trajetórias de imigrantes nos territórios: a construção do acesso às políticas de seguridade social" e pelo projeto de extensão "Migrar com Direitos", colocando 20 estudantes da graduação, pós-graduação e profissionais e professores da UEL em pesquisa coordenada por Lanza.
Nas ações, são feitos levantamentos de cinco cidades: Jaguapitã, Rolândia, Cambé, Arapongas e Londrina com a parceria do Cáritas arquidiocesana, que acolhe imigrantes no Paraná. "A intenção do evento é problematizar um pouco a presença dos imigrantes na Região Metropolitana de Londrina a partir das suas particularidades. A nossa região tem histórico de imigração diferente da atual, que são imigrantes de países empobrecidos em conflitos econômicos, políticos e sociais, alguns refugiados. Essas particularidades são determinantes na questão da imigração, mas, sobretudo, naquilo que nos preocupa muito enquanto assistentes sociais que são os acessos às políticas públicas sociais."
Nesta questão, salienta que o evento não é apenas para a comunidade acadêmica, mas toda sociedade, que precisa entender os processos da inserção do imigrante em nossa região. "Embora tenha um avanço à nova legislação, ainda carecemos de um espaço adequado para responder essas demandas, que, por vezes, são identificadas, inclusive pelo setor público, como uma sobrecarga e não como um direito. Então, esse processo precisa ser debatido com a sociedade", afirma.
A programação do colóquio prevê três mesas-redondas, exposição fotográfica, lançamento do informativo direcionado aos profissionais e apresentação de pesquisas em dois eixos: "Debate Teórico sobre Imigração na Perspectiva Interdisciplinar" e "Políticas Migratórias e Direitos Humanos". A iniciativa é do Departamento de Serviço Social, em parceria com o programa de pós-graduação em Serviço Social e Política Social.
Lais Taine
Folha de Londrina
www.miguelimigrante.blogspot.com
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