O encontro “Pastoral de
comunhão para uma evangelização renovada”, sobre imigração e evangelização, que
terminou ontem em Roma, foi organizado pela Comissão Caritas in Veritate do Conselho das
Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e contou com a participação de
quarenta bispos e dos diretores nacionais das pastorais dos migrantes.
O secretário geral da
CCEE, Duarte Cunha, afirmou que a crise econômica afeta especialmente os mais
pobres e os que emigraram por causa da pobreza. “A pastoral da Igreja, que tem
a finalidade de evangelizar e de fortalecer a comunidade, se sente interpelada
a oferecer ajuda para a integração, a reforçar as relações e a acompanhar e
apoiar as pessoas. Nesta hora de crise econômica, não podemos separar a ajuda
social da pastoral e da evangelização”.
Os trabalhos foram
abertos pelo cardeal Antonio Maria Veglió, presidente de Pontifício Conselho
para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, e pelo presidente da seção
migração da Caritas in Veritate, o cardeal Josip
Bozanic.
Bozanic destacou que os
imigrantes crentes têm que ser protagonistas da missão da Igreja e não podem se
limitar a dar ao país que os hospeda “só a força do trabalho ou da capacidade
intelectual nos estudos”, mas também “o testemunho da fé sem medo” nos
ambientes que freqüentam.
O presidente do Pontifício
Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Salvatore Fisichella, dissertou
sobre “O testemunho da comunhão eclesial para uma nova evangelização”. O
prelado afirmou que a mobilidade faz parte da condição humana e que, tanto hoje
quanto no passado, muitos sacerdotes “deixaram suas casas para acompanhar os
imigrantes em diversos países europeus”.
Ele recordou ainda que
milhões de cristãos, principalmente católicos, emigraram nas últimas décadas
para a Europa, Canadá e Estados Unidos, provenientes do Leste Europeu, da
América Latina e das Filipinas, e constituem “uma riqueza para a nova
evangelização. É necessário defendê-los de fatores que os impedem de conservar
a fé e as tradições”.
Foi abordado também o
termo “pastoral da comunhão”, que já entrou no cotidiano da teologia pastoral.
Uma comunhão que deve superar situações concretas, como a dos novos migrantes.
É uma fraternidade querida por Cristo: ut unum sint.
Sobre “Comunhão e
Pastoral, uma visão da Igreja Católica do Leste”, pronunciou-se o secretário da
Congregação para as Igrejas Orientais, o arcebispo Cyril Vasil, SJ. Já as
“Diretrizes para uma pastoral de comunhão nas migrações” foram abordadas pelo
diretor do Instituto Internacional de Migrações dos Escalabrinianos, pe. Fabio
Baggio. A “Nova evangelização e a mobilidade humana” foi tratada por dom
Giancarlo Perego, diretor geral da Fundação Migrantes.
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