A crise financeira e económica vai agravar as
dificuldades sentidas pelos imigrantes europeus, principalmente na obtenção de
emprego, no apoio social e na solidariedade, avisou o presidente da Fundação
Gulbenkian.
Rui Vilar, falava na sessão de entrega do prémio
Empreendedor Imigrante atribuído pela Plataforma Imigração, destacando que a
crise financeira e económica “terá consequências inevitáveis no agravamento das
dificuldades sentidas por segmentos mais frágeis da população",
referindo-se aos imigrantes.
Para o presidente da Fundação Gulbenkian esse agravamento sente-se já no emprego, no apoio social e na solidariedade, pelo que são necessárias "decisões rápidas e novas abordagens" para "manter Portugal no topo dos países-modelo no que diz respeito ao acolhimento e integração de imigrantes".
Rui Vilar alertou ainda para a possibilidade de as limitações cada vez maiores na concessão de vistos de trabalho na Europa virem a potenciar "o aumento das migrações irregulares", já que nos países emissores as condições também se agravaram com a crise económica. Para o presidente da fundação, a crise financeira e económica está a provocar na Europa o abandono dos imigrantes e vai "potenciar o aumento das migrações irregulares".
Por sua vez, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, apelou à resistência à "tentação de refluxo das políticas de integração dos imigrantes", que a crise pode configurar.
"O contexto da crise financeira coloca no horizonte 'nuvens negras' preocupantes para quem preza a integração de imigrantes", alertou. "Precisamos de zelar para que aproveitamentos oportunistas, de carácter político-partidário de circunstâncias desfavoráveis, mudem o quadro favorável de acolhimento à imigração, que Portugal tem", sublinhou.
No entanto, o ministro considera suficientes as medidas públicas de apoio à integração dos imigrantes, mesmo num novo contexto de crise financeira e económica. Pedro Silva Pereira explicou que o Governo tinha já aprovado o plano para a integração de imigrantes, com uma forte componente de apoio às qualificações e integração no mercado de trabalho.
"Duplicámos, para 700 mil euros, em 2009 o apoio financeiro destinado às associações de imigrantes", afirmou. "Toda a política de integração assenta em parcerias com associações, autarquias" e outras organizações. Além disso, o Governo tenciona lançar, no próximo ano, um novo programa de apoio ao empreendedorismo imigrante, no âmbito do Fundo para a Integração, recentemente criado.
E os prémios vão...
A Plataforma Imigração premeia anualmente as melhores práticas autárquicas de integração de imigrantes e os imigrantes mais empreendedores.
Na edição de 2008 foram distinguidos o Projecto Geração, da Câmara Municipal da Amadora, e o Projecto AmpliArte Cultura e Intervenção Social, proposto pela Câmara de Oeiras e, no prémio individual, a russa Mariana Serpinina e o cabo-verdiano Paulo Mendes.
Mariana Serpinina imigrou da Rússia em 2001 com o 9º ano de escolaridade e concluiu o curso de Gestão no Instituto Superior de Economia e Gestão, já em Portugal. Em 2008 criou a empresa de informação telefónica denominada Informação na Hora.
Paulo Mendes, que coordena a Plataforma das Estruturas Representativas das Comunidades Imigrantes em Portugal (PERCIP) e a Associação de Imigrantes dos Açores, imigrou de Cabo Verde para os Açores em 1997, onde se licenciou em Sociologia.
Para o presidente da Fundação Gulbenkian esse agravamento sente-se já no emprego, no apoio social e na solidariedade, pelo que são necessárias "decisões rápidas e novas abordagens" para "manter Portugal no topo dos países-modelo no que diz respeito ao acolhimento e integração de imigrantes".
Rui Vilar alertou ainda para a possibilidade de as limitações cada vez maiores na concessão de vistos de trabalho na Europa virem a potenciar "o aumento das migrações irregulares", já que nos países emissores as condições também se agravaram com a crise económica. Para o presidente da fundação, a crise financeira e económica está a provocar na Europa o abandono dos imigrantes e vai "potenciar o aumento das migrações irregulares".
Por sua vez, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, apelou à resistência à "tentação de refluxo das políticas de integração dos imigrantes", que a crise pode configurar.
"O contexto da crise financeira coloca no horizonte 'nuvens negras' preocupantes para quem preza a integração de imigrantes", alertou. "Precisamos de zelar para que aproveitamentos oportunistas, de carácter político-partidário de circunstâncias desfavoráveis, mudem o quadro favorável de acolhimento à imigração, que Portugal tem", sublinhou.
No entanto, o ministro considera suficientes as medidas públicas de apoio à integração dos imigrantes, mesmo num novo contexto de crise financeira e económica. Pedro Silva Pereira explicou que o Governo tinha já aprovado o plano para a integração de imigrantes, com uma forte componente de apoio às qualificações e integração no mercado de trabalho.
"Duplicámos, para 700 mil euros, em 2009 o apoio financeiro destinado às associações de imigrantes", afirmou. "Toda a política de integração assenta em parcerias com associações, autarquias" e outras organizações. Além disso, o Governo tenciona lançar, no próximo ano, um novo programa de apoio ao empreendedorismo imigrante, no âmbito do Fundo para a Integração, recentemente criado.
E os prémios vão...
A Plataforma Imigração premeia anualmente as melhores práticas autárquicas de integração de imigrantes e os imigrantes mais empreendedores.
Na edição de 2008 foram distinguidos o Projecto Geração, da Câmara Municipal da Amadora, e o Projecto AmpliArte Cultura e Intervenção Social, proposto pela Câmara de Oeiras e, no prémio individual, a russa Mariana Serpinina e o cabo-verdiano Paulo Mendes.
Mariana Serpinina imigrou da Rússia em 2001 com o 9º ano de escolaridade e concluiu o curso de Gestão no Instituto Superior de Economia e Gestão, já em Portugal. Em 2008 criou a empresa de informação telefónica denominada Informação na Hora.
Paulo Mendes, que coordena a Plataforma das Estruturas Representativas das Comunidades Imigrantes em Portugal (PERCIP) e a Associação de Imigrantes dos Açores, imigrou de Cabo Verde para os Açores em 1997, onde se licenciou em Sociologia.
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