segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Imigração nos países da OCDE aumenta um terço em dez anos


O número de imigrantes a viver nos 34 países da OCDE aumentou um terço entre 2000-01 e 2009-10 e atingiu 110 milhões, o que representa 9% do total da população desses países, revela um relatório da organização.

O relatório, que apresenta indicadores sobre a integração dos imigrantes nos países da OCDE e é hoje apresentado na sede da organização em Paris, mostra a imigração como um fenómeno em expansão, apesar das recentes quedas associadas à crise económica, que começou em 2008.
Mostra também que o fenómeno varia muito de país para país, com o Luxemburgo a apresentar a maior taxa de população estrangeira (38%) seguida da Austrália, Suíça e Israel, todos com 26% de imigrantes.
No extremo oposto estavam os países da América Latina, da Ásia, e alguns países da Europa de Leste, como a Eslováquia, a Polónia e a Hungria, onde a proporção de estrangeiros não atinge os 4%.
Portugal apresentava uma taxa inferior à média da OCDE, com 6,3%.
Mais de um terço dos 110 milhões de imigrantes vivia nos EUA, enquanto a população norte-americana representa apenas um quarto da população da OCDE. O segundo país com mais imigrantes em números absolutos é a Alemanha, que alberga quase 10% de todos os migrantes na OCDE, seguida da França (7,2 milhões) e do Reino Unido (6,8 milhões).
A percentagem de imigrantes na população aumentou em quase todos os países da OCDE entre 2000-01 e 2009-10, com duas exceções: Estónia e Israel.
"O aumento foi particularmente espetacular em Espanha, onde a percentagem dos estrangeiros na população triplicou", escreve a OCDE, acrescentando que no final do período o país tinha 6,5 milhões de imigrantes, um número comparável com o do Canadá e maior do que o da Austrália.

Luísa Sousa

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