segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Crise na Venezuela causa um dos maiores êxodos da história da América Latina, alerta ONU

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êxodo de venezuelanos já é um dos maiores movimentos populacionaisem massa da história da América Latina. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 10, pelas ONU, que destacarou a situação crítica que o país vive.
Desde o começo do ano, 547 mil venezuelanos entraram no Equador, por meio da fronteira com a Colômbia. Até julho, foram em média 3 mil imigrantes que cruzam a fronteira por dia.
"Mas o fluxo está se acelerando e, na primeira semana de agosto, 30 mil venezuelanos entraram no país - mais de 4 mil por dia", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).
Apenas no caso do Equador, os dados apontam para um fluxo que é quase dez vezes superior aos números registrados na crise de refugiados entre o Norte da África e a Europa neste ano. 
Também nesta sexta, a Organização Internacional de Migrações (OIM) indicou que, entre janeiro e o início de agosto, 60 mil pessoas cruzaram o Mediterrâneo para a Europa. Para a ONU, não há dúvidas de que o fluxo de venezuelanos hoje é superior ao movimento pelo Mediterrâneo. 

Dados

A ONU estimou em março que 1,5 milhão de venezuelanos vivem no exterior e o fluxo é o maior desde 1950. Desses, 145 mil pediram asilo em diferentes países desde 2014. Hoje, Spindler admite que o número é ainda maior e que a entidade tenta mapear a crise. "Não sabemos quantos saem da Venezuela", afirmou.
O êxodo de venezuelanos para o exterior é maior que o dos colombianos durante o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), crise que levou a cerca de 1 milhão de colombianos a deixar o país - 7 milhões deles, no entanto, foram deslocados internamente. 
A migração de diversos países latino-americanos em direção aos EUA ainda supera o êxodo venezuelano, apesar das características distintas. Nos anos 80, os deslocamentos de centro-americanos diante dos conflitos não chegaram a 1 milhão de pessoas para fora de seus países.

Via Brasil

De acordo com os dados de Spindler, cerca de 200 venezuelanos continuam a entrar a cada dia em Roraima. Nos quatro primeiros meses do ano, 32 mil venezuelanos pediram asilo no Brasil. Outros 25 mil vivem no País com outro tipo de documento migratório, seja residência, vistos de estudantes ou outras formas legais. 
Na quarta-feira, o Equador declarou estado de emergência nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro. A ONU elogiou a decisão, apontando que a medida permitirá que novos recursos sejam destinados aos refugiados e imigrantes. 
De acordo com as Nações Unidas, "muitos dos venezuelanos estão se movendo a pé em uma odisseia de dias e até semanas em condições precárias". "Em muitos casos, o dinheiro de muitos deles termina durante a viagem e, destituídos, são forçados a viver em parques públicos e recorrer a mendigar e outros mecanismos negativos para conseguir recursos para viver", disse Spindler. 
Mulheres e crianças compõem 40% daqueles que tem chegado ao Equador e muitos enfrentam o risco de violência sexual. Além disso, reações xenófobas tem sido registradas.  Descrito como um "aumento dramático" de venezuelanos, o fluxo tem levado milhares de refugiados e imigrantes a terem de dormir ao ar livre na fronteira, a espera de serem registrados. 
O que a ONU também constata é que a maioria dos venezuelanos entrando no Equador tem seguido viagem para Peru e Chile, apesar de 20% deles, porém, permanecem no país
Onu
www.miguelimigrante.blogspot.com

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