Após quase oito anos, o Acre ainda recebe uma média de 30
imigrantes mensalmente. Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do
estado (Sejudh), chegam entre 10 a 15 senegaleses em um período de 15 dias.
Os imigrantes ficam hospedados em uma casa, que funciona
como república e depois seguem para o Rio Grande do Sul.
Entre os anos de 2010 e 2016, o estado do Acre foi rota
para mais de 50 mil imigrantes que entraram no país pela fronteira com o Peru.
O maior fluxo de imigrantes foi desde dezembro de 2010 até março de 2016,
quando o abrigo foi desativado, em Rio Branco.
Inicialmente, os imigrantes eram abrigados no município
de Brasileia, no interior do estado, mas foi desativado e transferido para a
capital acreana.
"Rota dos haitianos está interrompida desde 2015,
mas porque o Brasil reequipou o seu escritório diplomático em Porto Príncipe,
então a documentação é toda disponibilizada em Porto Príncipe. O principal
motivo da vinda deles aqui era a documentação, mas como podem tirar a
documentação lá vão direto para São Paulo", explica o secretário da
Sejudh, Nilson Mourão.
Ainda
segundo secretário, os senegaleses chegam ao estado e ficam em uma casa
alugada no bairro Defesa Civil, em Rio Branco. Os imigrantes ficam no estado por um período
de duas semanas, logo após viagem para o Rio Grande do Sul.
“Essa é constante e permanente seguindo o ritmo
mais lento. Eles alugaram uma casa, que é abrigo deles e não vêm sem dinheiro.
Na hora de viajar tiram o bilhete deles e seguem. O governo do Estado não tem
participação financeira, trabalhamos apenas no acolhimento e orientação quando
tem problemas de saúde, como devem se dirigir à Polícia Federal. Ajudamos nesse
sentido", ressaltou.
Mourão falou também sobre a dívida que o governo
federal tem com o Acre. Segundo ele, o Estado gastou cerca de R$ 13 milhões com
ajuda humanitária. "O governo do Estado entrou com uma ação junto ao Supremo
Tribunal Federal para reaver esses valores", destacou.
Emissão de vistos
O Acre deixou de ser a principal rota para entrada de imigrantes
haitianos no país desde que o Brasil ampliou a emissão de
vistos pelas embaixadas em Porto Príncipe (Haiti), Quito (Equador) e Lima
(Peru). Em 2015, houve uma queda de 96% no número de haitianos ilegais que
chegaram ao Brasil pelo estado.
Segundo o Itamaraty, em 28 de setembro de 2015 foi
inaugurado em Porto Príncipe, em parceria entre a Embaixada do Brasil no Haiti
e a Organização Mundial para a Imigração, um novo centro de atendimento para
demandas de vistos de haitianos que querem ir ao Brasil.
G1
www.miguelimigrante.blogspot.com
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