Milhares de venezuelanos fogem, todos os dias, para os países vizinhos para escaparem da crise económica na Venezuela.
No Equador, dezenas de imigrantes desesperam após a autoridades começarem a exigir a apresentação do passaporte.
"Decidimos vir a pé porque não recebemos nenhuma resposta. As autoridades não vão carimbar nenhum documento", diz uma venezuelana.
Dispostos a correr todo o tipo de riscos, centenas de venezuelanos tentam entrar no Equador ilegalmente. Muitos pagam a camionistas para que os introduzam no país escondidos no meio das mercadorias, nos camiões.
Para isso, um grupo de 20 pessoas pode pagar cerca de 100 pesos para fazer a travessia, 150 se no grupo estiverem crianças.
Uma mulher conta que "não temos passaportes. As pessoas, aqui, têm um documento de identidade porque nos dão o mapa andino e a maioria das pessoas, que ficou a par da situação, fê-lo a caminho daqui".
Segundo a Organização Internacional para as Migrações, mais de cinco mil venezuelanos entraram diariamente no Equador, desde o início deste mês, o que levou o Governo de Quito a declarar o Estado de Emergência e a instaurar a obrigatoriedade de apresentação de passaporte. A exceção ocorre quando crianças e adolescentes estão a viajar com os pais.
"As minhas duas filhas estão no Chile e eu vim com a minha esposa e o meu filho. Agora elas estão em Quito à minha espera", conta um venezuelano.
No Brasil, as autoridades do estado de Roraima pediram ao Supremo Tribunal Federal que suspenda temporariamente a imigração na fronteira e que os venezuelanos, que já estão em território nacional, sejam enviados para outros estados.
O pedido surge depois de, no sábado mais de mil venezuelanos terem sido obrigados a abandonar a localidade fronteiriça de Pacaraima após o ataque da população local.
A revolta popular foi motivada pelo assalto e agressão de um comerciante brasileiro, por dois venezuelanos
Euronews
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