sábado, 31 de março de 2018

Imigrantes impedidos de entrar em Portugal aumentam 37%


Resultado de imagem para Imigrantes impedidos de entrar em Portugal aumentam 37%

O número de imigrantes ilegais impedidos de entrar em Portugal aumentou 37% em relação a 2016, valores que, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2017, segue a tendência crescente a nível europeu.

Cerca de 60% dos passageiros sujeitos a recusa de entrada em Portugal eram nacionais do Brasil, viajando em rotas directas por via aérea desde a sua origem, seguindo-se os nacionais de Angola (cerca de 7%).

Foram ainda observados casos de utilização de plataformas de trânsito em países terceiros como Marrocos, correspondendo a uma procura por soluções mais económicas ou a uma tentativa de iludir as autoridades de fronteira quanto às suas reais intenções ou origem.

O relatório alerta ainda para um aumento de fraude documental na fronteira aérea, mantendo-se como as origens mais problemáticas o Senegal, Marrocos e Angola.

"A fraude documental representa um risco acrescido para a segurança dos Estados, designadamente ao nível do expediente para contornar as regras relativas à imigração, da deslocação de eventuais terroristas e de outras práticas criminosas, como o tráfico de seres humanos", lê-se no relatório.

Segundo o RASI, à chegada a Portugal, os principais requerentes de protecção internacional na fronteira foram nacionais da República Democrática do Congo, República do Congo e Angola, viajando maioritariamente em rotas áreas directas de Luanda e Dacar.

"As situações de protecção internacional na fronteira externa continuam a ser usadas como meio de recurso a uma decisão desfavorável de entrada em Portugal, razão pela qual se torna difícil distinguir entre aqueles que efectivamente são perseguidos e aqueles que pretendem abusivamente utilizar este instrumento internacionalmente reconhecido", lê-se no relatório.

Segundo o documento, foram ainda identificados casos em que, a pretexto do trânsito, são utilizados aeroportos de conveniência para permitir a chegada a Portugal, com o objectivo de ser solicitada protecção internacional, inviabilizando a possibilidade de retorno em virtude de uma decisão negativa.

Casamentos por conveniência
O RASI alerta ainda para o aumento em 2017 do número de casamentos ou uniões de conveniência, uma prática que permite, após três anos, a obtenção de nacionalidade portuguesa.

"Os números relacionados com esta realidade têm vindo a aumentar, fazendo crescer a preocupação de possível atribuição da nacionalidade portuguesa a nacionais de países considerados de risco", lê-se no relatório.

P2

www.miguelimigrante.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário