A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) volta a incentivar os países para que desenvolvam esforços no sentido de ajudar os filhos da imigração "a terem sucesso na escola e na sociedade". E sublinha os maus resultados neste capítulo em países como o Luxemburgo, a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a Dinamarca, a Suécia, a Finlândia, a Eslovénia ou a Suíça. Nestes países, os estudantes filhos da imigração estão "mais de duas vezes, por comparação com os que não figuram nessas condições, sujeitos a não conseguirem um nível básico de competências".
A entidade
divulgou o relatório "A resiliência dos estudantes filhos da imigração: Os
fatores que determinam o bem-estar", no qual se refere, por exemplo, que
"um em cada quatro jovens de 15 anos nos países da OCDE e de União
Europeia nasceu no estrangeiro ou tem, pelo menos, um dos pais que nasceu no
estrangeiro" e que, "nos últimos 10 anos, a parcela de jovens filhos
da imigração aumentou". Mais: cerca de metade "da primeira geração
nestas condições não dispõem do nível básico de competências na compreensão
escrita, nas matemáticas e em ciências contra perto de um quarto no caso dos
que não são filhos da imigração".
Segundo
Gabriela Ramos, dirigente do gabinete do secretário-geral da OCDE, trata-se de
situações "inaceitáveis e com consequências a longo prazo na sua
integração e na coesão social. Os países devem fazer mais para darem os meios,
as ferramentas e o apoio necessário a estes jovens no sentido de que consigam
ter sucesso escolar".
De acordo com
o documento, "os obstáculos sócio-económicos e a barreira da língua são as
duas principais questões que impedem a afirmação dos filhos da imigração quer
na escola, quer na sociedade". A conclusão é que "são necessárias
políticas educativas e sociais mais eficazes e equilibradas para ajudar os filhos
da imigração na sua integração nas sociedades dos países de acolhimento e na
concretização do seu potencial".
O contacto
www.miguelimigrante.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário