Simón Bolívar concentra maior número de estrangeiros que migraram para o Estado em busca de uma vida melhor
Nessa quinta-feira (8), o venezuelano Ángel Sandoval, que diz ser
representante de cerca de 20 mil estrangeiros em Roraima, pediu ações concretas
dos governos federal, estadual e municipal para atender os imigrantes que vivem
na Praça Simón Bolívar. Ele enfatizou que os estrangeiros estão doentes e
irregulares no país e solicitou a presença das autoridades locais para
presenciarem a ‘situação grave’.
“Pedimos que nos ajudem com documentação para que todos estejam
legalmente no país. Se forem nos deportar, que nos digam. Não nos faltem com a
verdade. Tem pessoas que precisam de empregos. Elas não têm casa, renda.
Precisam de pelo menos uma diária para conseguirem se alimentar. A situação
está grave na Simón Bolívar”, detalhou o venezuelano.
Com a documentação, os estrangeiros esperam conseguir empregos ou mesmo
viajarem para outros estados brasileiros, em busca de estabilidade financeira.
Ángel afirmou que nesta semana uma criança de sete anos de idade foi
atropelada por uma motocicleta quando ia atravessar a praça. Outra informação
repassada à reportagem foi de 14 casos de malária confirmados no local. Além
disso, outras pessoas começaram a ter sintomas de diversas doenças.
“Tem um rapaz vomitando, com febre, dor pelo corpo. Precisamos que o
governo faça alguma coisa. Somos 1,3 mil pessoas vivendo no local. Chegam cerca
de 80 por dia. Vivemos uma situação muito difícil. O governo veio e disse que
ia fazer, disponibilizou dinheiro, mas nada foi definitivamente feito. Não
queremos mais pessoas doentes, crianças sendo atropeladas”, salientou Sandoval.
LOCAL
A Praça Simón Bolívar se tornou o principal ponto de aglomeração de
venezuelanos em Boa Vista. Eles fogem da crise humanitária da Venezuela e
buscam por comida, remédios e empregos. Estima-se que mais de 54 mil estejam em
Roraima e eles são mais de 10% da população boa-vistense.
Josué Ferreira
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