O Governo israelita avisou na quarta-feira dia 3 que os milhares de africanos que entraram ilegalmente em
Israel têm três meses para abandonar o país e que, caso contrário, serão
detidos.
A Autoridade para a
População e Imigração (PIA, na sigla inglesa) israelita, dependente do Governo,
já apelara esta semana aos migrantes oriundos do Sudão e da Eritreia para
regressarem aos países de origem ou para um terceiro Estado, dando como exemplo
o Ruanda ou o Uganda.
Os que abandonarem o
país dentro do prazo serão recompensados com 3.500 dólares (2.912 euros ao
câmbio de hoje), bem como com o bilhete de avião e outros incentivos.
A Linha de Apoio aos
Trabalhadores Migrantes, um grupo de advocacia israelita, condenou na
terça-feira a decisão, alegando que as ordens de expulsão "põem em risco a
vida dos refugiados".
Milhares de africanos
entraram em Israel antes de as autoridades israelitas terem erguido uma rede de
proteção ao longo da fronteira com o Egito.
Muitos deles
garantiram que estavam a fugir de conflitos e de perseguições políticas,
procurando em Israel o estatuto de refugiado.
No entanto, Israel
considera-os infiltrados e defende que muitos deles abandonaram os países de
origem por questões financeiras.
Para as autoridades
israelitas, a grande quantidade de migrantes africanos "pode prejudicar e
ameaçar o caráter judaico".
Jornal de Noticia
www.miguelimigrante.blogspot.com
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