De acordo com o relatório divulgado hoje pela
Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), o número - cerca
de 204.000 - representa uma redução significativa em relação aos 511.000 de
2016 e aos 1,8 milhões de 2015.
Apesar da diminuição, os números continuam a ser
superiores aos registados até 2014 e assinalam que a "pressão sobre as
fronteiras externas da União Europeia permanece alta", observou a Frontex.
Esta queda verifica-se principalmente nas rotas do
Mediterrâneo oriental, com destino à península balcânica, e central, em direção
a Itália.
Os dados do primeiro semestre de 2017 faziam prever
um fluxo migratório semelhante ao do ano anterior, mas a partir de julho e até
final do ano, com a evolução da situação interna da Líbia, o número de
migrantes desceu para metade dos registados no primeiro semestre.
A isto, junta-se a diminuição do número de
eritreus, somalis e etíopes a atravessar o Mediterrâneo, que caiu para cerca de
um quarto em relação a 2016.
O relatório aponta ainda que no Mediterrâneo
ocidental, vindos de Marrocos, Argélia e Tunísia, e tendo como destino primeiro
ou de passagem Espanha, o número de migrantes ilegais duplicou em relação a
2016, com aproximadamente 23.000 a tentar a entrada no espaço europeu por esta
via.
A Frontex estima que com o aumento de migrantes
oriundos do norte de África, no final do ano estes representavam dois terços do
número total de migrantes que chegaram às costas dos países da União Europeia.
Apesar do aumento, o número de migrantes a entrar
pelo Mediterrâneo ocidental continua abaixo dos valores anteriores a 2014,
quando variou entre 72.000 e 141.000, diz a agência.
A Frontex conclui ainda que o mar Mediterrâneo
continuará a ser a principal porta de entrada para a UE em 2018.
DW
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