sábado, 9 de agosto de 2014

Oitocentas mil pessoas traficadas anualmente em fronteiras nacionais

A  responsável do sistema das  Nações Unidas fez este pronunciamento  na  mesa redonda sobre  “ Tráfico de seres humanos e  Migrações” realizada  em Luanda  numa iniciativa do Ministério da Justiça e Direitos Humanos em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
 De  acordo com a interlocutora grupos organizados de criminosos lucram bilhões de dólares ( um dólar equivale a 100 Kwanzas) com o tráfico e exploração  de pessoas, sofrendo graves violações  aos seus direitos humanos, como violações, tortura, servidão por divida, confinamento ilegal, e as ameaças contra a sua família ou outras pessoas próximas a eles, bem como outras  formas de violência  física, sexual e psicológica.
 Referiu que  em Agosto de 2010, as Nações Unidas lançaram o Plano de Acção Global para o combate ao Tráfico de seres humanos solicitando aos governos de todo o mundo a tomarem medidas coordenadas e  consistentes para tentar vencer esse flagelo.
“ Na ocasião o Secretário Geral das Nações  Unidas, Ban Kimoon  considerou o crime como uma forma de escravatura moderna, referindo que  todos os anos milhares de pessoas principalmente mulheres e crianças, são  exploradas por criminais que as usam para trabalho forçado ou para indústria se sexo”, sublinhou.
 Enalteceu ao passos dados pelo Executivo angolano no combate a esta acção  criminal com destaque para a aprovação da Lei contra o  Branqueamento de Capitais e Tráfico, que prever num dos seus artigos a  criminalização de tráfico de pessoas.
 As Nações Unidas definem o  tráfico de seres humanos como o recrutamento, transporte, alojamento e acolhimento de pessoas para fins de exploração, normalmente para  trabalho forçado, servidão doméstica  e exploração sexual, sendo esta pratica a terceira maior fonte de rendimento do crime organizado, estando apenas atrás do tráfico de drogas e armas.
O debate conta com especialistas do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, do Interior, da Organização Internacional das Migrações e do Serviço Jesuíta ao Refugiado (JRS) - Angola.

O encontro decorre sob o lema “Ninguém pode ser submetido a tortura, trabalhos forçados nem a tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes”.
 
 Portalalongo.

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