sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Imigração em Criciúma e região é discutida em Brasília

Ministérios demostram desconhecimento sobre real situação e sinalizam auxílio diante da visita de lideranças do município

Uma série de reuniões nesta quarta-feira em Brasília para tratar da demanda de imigrantes que estão vivendo em Criciúma e nas cidades vizinhas abriu portas para que o grupo de lideranças do município pudesse expor o problema e reivindicar auxílio do Governo Federal. Na visita, estiveram presentes o prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, a secretária de Assistência Social do município, Solange Barp, o vereador, Ézio Jevis, e a presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, Tati Teixeira.
De acordo com Solange, o contato direto com os ministérios permitiu detalhar a real situação enfrentada por Criciúma nas últimas semanas. “A União não tinha conhecimento do que acontecia realmente. Foi muito positivo, conseguimos alinhavar algumas questões e os deixamos alertados sobre a situação”, resume Solange.
Segundo a secretária, o Ministério do Desenvolvimento Social, que já tem um convênio para auxiliar 50 pessoas por mês no município, fez uma proposta a longo prazo que prevê a inclusão de todos os imigrantes no mesmo convênio, entretanto, o recurso deve demorar de dois a três meses para sair. “Esse tempo é muito, por isso, o prefeito ficará em Brasília em busca de um auxílio emergencial”, explica. 
Agentes em Criciúma - Os ministros do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias; e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR), Luiza Bairros; o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcelo Cardona Rocha; e o chefe de gabinete do secretário nacional de Justiça (SNJ), Frederico Coutinho, ouviram do prefeito que dezenas de imigrantes estão em Criciúma e necessitam de atenção e assistência.
No MDS e na SNJ, as autoridades criciumenses tiveram a garantia de que agentes viajarão até Criciúma para averiguar as condições dos imigrantes. “Conseguimos com que eles viajassem para fazer a avaliação local e estamos certos de que após isso o apoio será consolidado”, acredita.
O fato é denominado como o fenômeno da imigração e as principais cidades escolhidas pelos imigrantes são: Criciúma, Caxias do Sul (RS) e Brasiléia (AC). De acordo com o Ministério da Justiça, medidas são tomadas para limitar este tipo de imigração não planejada no Brasil. “A ideia preliminarmente é regularizar os documentos de todos os estrangeiros, fazer um cadastro estadual de mão de obra e distribuir, conforme suas habilidades, profissionais entre os municípios do Estado de Santa Catarina que possam precisar deste tipo de trabalho oferecido pelos imigrantes residentes em Criciúma”, esclarece a presidente do Legislativo, Tati.
Atenção ao vírus ebola - Conforme a secretária de Assistência Social, Solange Barp, o Ministério da Saúde minimizou as chances de que os imigrantes, que estão entrando sem monitoramento na região possam trazer para o Brasil o risco do vírus ebola, que gerou uma epidemia na África e desde março deste ano matou mais de mil pessoas. “Eles tranquilizaram e disseram que estão acompanhando”, pontuou. 

Engeplus

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