A chegada de imigrantes estrangeiros diminui na
maior cidade do Sul do Estado. De acordo com a secretaria de Assistência Social
de Criciúma, nesta semana, nenhum novo imigrante chegou no município.
“Diminuiu. Cinco ganeses que já estavam no país vieram para a cidade buscar o
registro. De outros países não houve nenhum registro”, destaca a secretária da
pasta, Solange Barp.
Até
então, não é possível precisar o número exato de imigrantes vivendo na cidade.
Conforme Solange, há uma grande resistência por parte dos estrangeiros em fazer
o cadastro com a Prefeitura Municipal. A estimativa da Assistência Social é de
que pelo menos 500 imigrantes estrangeiros estejam em Criciúma e região. Grande
parte deles já conseguiram regularizar a permanência no país junto ao
Ministério do Trabalho e já foram empregados. A grande maioria se colocou em
vagas disponível no ramo da alimentação e da construção. “São poucos os que
ainda não estão trabalhando. As empresas estão procurando e nós os encaminhamos
para a seleção”, explica Solange.
O
recurso buscado por uma comitiva do município entre os dias 13 e 14 deste mês,
em Brasília, para auxiliar os imigrantes que entraram no país com o pretexto de
prestigiar a Copa do Mundo e acabaram se estabelecendo em algumas cidades do
Brasil, como Criciúma, ainda não foi liberado. A expectativa é de que o
subsídio seja encaminhado a partir de setembro. “Na sexta-feira passada, dia
18, veio uma equipe do setor social do Estado e do Governo Federal. Eles
pediram um levantamento para abrir um acerto. Temos o pedido de 50 auxílios e
eles abriram margem para 500 beneficiados”, esclarece Solange.
Na
próxima semana, os 25 ganeses que residem em um porão, no bairro Pinheirinho,
serão transferidos para o Lote 6, perto da Gruta de Criciúma (apenas
referência) em duas casas providenciadas pelo município. “Tivemos uma semana
calma. Deu para parar e pensar, fazer visitas e ver o que está faltando, como
alimentação e material de limpeza”, completa a secretária.
No
início do mês de agosto também foi observada a chegada de dez mulheres, vindas
de Gana. A expectativa era de que esse número também aumentasse, mas não
ocorreu. “Eu acredito que com o surto de Ebola (vírus que causou uma epidemia
no continente africano com mais de mil mortes) o país de origem fechou as
fronteiras e limitou a saída deles”, justifica Solange ao destacar que o
momento, para o município, é de preparação para um possível novo pico de
imigração na cidade. “Temos que aproveitar essa trégua para planejar e nos
organizar sobre como agir em situações futuras”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário