"Migrações" de 150 mil intelectuais, artistas e artesãos europeus ao longo de mais de dois mil anos permitem visualizar a história cultural comum e as suas tendências
A história da cultura europeia e ocidental está contada e detalhada em milhares de livros e em milhões de obras de arte espalhados por bibliotecas e museus de todo o mundo. E, por isso, abarcá-la num só olhar é impossível - ou não?
Não, responde um grupo de investigadores dos Estados Unidos, da Suíça e da Hungria que pegou nos modelos computacionais usados, por exemplo, em estudos de biologia de populações para fazer esse sobrevoo a mais de dois mil anos de cultura ocidental, utilizando os dados de "migrações" de cerca de 150 mil intelectuais, artistas, notáveis ou artesãos registados em várias bases de dados internacionais, entre os anos 600 ?a.C e 2012.
Com isso, a equipa traçou um mapa de pontos luminosos, do qual emergem os centros culturais europeus e dos Estados Unidos ao longo desse período, mas também as tendências que podem ser lidas nas diferentes movimentações. Momentos chave na visualização destas migrações são o local de nascimento e de morte de cada um dos 150 mil notáveis do estudo. Muitos deles morreram, não na sua cidade, ou país de origem, mas no local onde desenvolveram a sua atividade.
DNCIENCIA
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