A população da Romênia caiu mais de 12 por cento desde 2002 devido à imigração e à baixa taxa de natalidade, mostraram dados do censo, o que causa preocupação quanto ao tamanho da força de trabalho e do rendimento do país.
O segundo país mais pobre da União Europeia tem uma população de cerca de 19 milhões, 3 milhões abaixo dos 21,7 milhões registrados há dez anos, disse a Comissão Nacional de Estatísticas, citando números coletados no final do ano passado.
Os números, divulgados na noite de quinta-feira, mostraram que quase 1 milhão de romenos estava vivendo e trabalhando no exterior, atraídos por países europeus ocidentais mais ricos, como Espanha e Itália. Outras estimativas sugerem que o número de trabalhadores expatriados pode ser de até 3 milhões.
A saída dos trabalhadores levanta preocupações em um país onde apenas cerca de 5 milhões de empregados pagam impostos e a maior parte do restante da população é de aposentados, crianças, agricultores que vivem de subsídios ou pessoas trabalhando na ilegalidade.
O setor público ineficiente e excessivamente grande da Romênia emprega quase um quarto dos trabalhadores.
"O saldo da migração é a principal razão do declínio na população da Romênia, em conjunto com um crescimento natural negativo", disse à Reuters nesta sexta-feira a porta-voz da Comissão Nacional de Estatísticas, Ilie Dumitrescu.
As agências de estatísticas estimam que cerca de 1 milhão de pessoas não foram incluídas nos dados porque não completaram os formulários ou estão vivendo no exterior e não foram declarados por parentes.
Dumitrescu disse que a agência divulgaria mais dados detalhados no final de maio e que ainda poderia haver mudanças significativas nos números do censo.
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