Para ela, o interesse dos estrangeiros no país deve crescer ainda mais nos próximos anos por conta da estabilidade econômica e das oportunidades de trabalho que continuarão surgindo.
As duas principais centrais sindicais brasileiras -CUT e Força Sindical- concordam que o melhor a fazer é regularizar a situação desses imigrantes até para protegê-los de práticas abusivas no mercado de trabalho.
Mas o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), questiona sobre o risco de os brasileiros perderem espaço no mercado de trabalho nos postos que exigem maior qualificação.
"Esse pessoal está vindo para ficar com os melhores empregos. Esse é o problema", argumenta o sindicalista, que não vê problemas com o atual contingente de estrangeiros, mas prevê problemas no futuro, caso o Brasil não mantenha sua trajetória de crescimento.
O Ministério do Trabalho emitiu até setembro de 2011 mais de 52,5 mil autorizações de trabalho, contra pouco mais de 39 mil emitidas no mesmo período de 2010
Já a diretora do Departamento de Estrangeiros disse que esse movimento migratório não preocupa o governo e também não deveria preocupar os brasileiros, nem a longo prazo.
"Num universo de 198 milhões de habitantes temos (só) quase 1,5 milhão de estrangeiros regulares", argumentou Izaura, lembrando que o Brasil já precisou dos imigrantes em vários momentos da sua história para se desenvolver.
Para a diretora, esse novo fluxo migratório poderá se reverter no futuro e o próprio Brasil serve de exemplo.
"Há 15 anos tínhamos 4 milhões de brasileiros lá fora. Hoje esse número não chega a 2 milhões. Por quê? Porque instalou-se a estabilidade econômica e os brasileiros estão voltando. Retornando a estabilidade econômica lá fora nada impede que esses estrangeiros voltem para seus países", argumentou.
REUTER
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