A partir desta sexta-feira (3), o Centro de Atendimento ao Turista da Orla Taumanan em Boa Vista (RR) terá um espaço permanente para exposição e venda de artesanato do povo indígena Warao. A inauguração do espaço será celebrada pela exposição “Warao – Gente da Água, Em Movimento”, que reúne fotografias, desenhos e grafismos, e ficará em exibição até 3 de dezembro.
A iniciativa é parte de uma parceria da Universidade Federal de Roraima (UFRR) com Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), entre outros parceiros.
A partir desta sexta-feira (3), o Centro de Atendimento ao Turista da Orla Taumanan em Boa Vista (RR) terá um espaço permanente para exposição e venda de artesanato do povo indígena Warao.
Colares, pulseiras, redes de fibra de buriti e cestarias feitas principalmente por mulheres desta etnia poderão ser vistos e comprados no prédio da Intendência da Orla, um dos pontos mais turísticos da capital de Roraima.
A inauguração do espaço será celebrada pela exposição “Warao – Gente da Água, Em Movimento”, que reúne fotografias, desenhos e grafismos, e ficará em exibição até 3 de dezembro. O lançamento acontece às 18h desta sexta-feira (3), com a presença das artesãs e artesãos Warao.
A iniciativa é uma parceria da Universidade Federal de Roraima (UFRR) — por meio da Rede Acolher e do Centro de Capoeira —, com Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organização não governamental Fraternidade – Federação Humanitária Internacional e Prefeitura de Boa Vista.
Desde 2014, a instabilidade na Venezuela vem forçando o povo Warao a se deslocar para o Brasil, percorrendo pouco mais de 1 mil km até cruzar a fronteira e chegar ao estado de Roraima, por via terrestre e fluvial. Estima-se que cerca de 550 indígenas Waro estejam abrigados atualmente em Roraima, entre a cidade fronteiriça de Pacaraima e a capital, Boa Vista.
Em Boa Vista, a maioria vive no Centro de Referência ao Imigrante (CRI), no bairro Pintolândia. É lá que confeccionam o artesanato, sua principal fonte de renda. Matérias-primas como miçangas, tecido e fibra de buriti, são fornecidas às artesãs e artesãos pelo ACNUR e pela ONG Fraternidade.
“Com esta intervenção cultural, vamos conhecer um pouco mais da história do povo Warao, que chegou há pouco tempo e já faz parte do cotidiano do boa-vistense. Nossa cidade é formada pela mistura de várias culturas, e é essa diversidade que nos torna únicos”, explica a professora Julia Camargo, uma das coordenadoras da Rede Acolher, projeto de extensão da UFRR que apoia a população venezuelana em Boa Vista.
A OIM, por sua vez, promove oficinas de costura para os indígenas Warao, em parceria com a Cooperativa de Empreendimento Solidários de Boa Vista (COOFECS) e com a Igreja Metodista.
Na parte de comercialização e divulgação, mantém o mostruário no prédio da Intendência de Turismo de Boa Vista, em parceria com Superintendência de Turismo da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (FETEC), e uma barraca permanente na Expoarte no Parque Anauá, em parceria com a ONG Fraternidade.
Todas as iniciativas buscam a integração e inclusão laboral dos indígenas, com a valorização de sua cultura. Essa foi uma das formas encontradas entres as instituições parceiras e os próprios indígenas para proteger mulheres e crianças, tirando-as das ruas e dando oportunidade para desenvolver atividades tradicionais de sua cultura e garantir uma fonte de renda.
Além de artesanatos e roupas tradicionais, a exposição terá desenhos e grafismos feitos durante oficinas lúdicas da Rede Acolher com crianças e adultos Warao.
As fotografias, por sua vez, revelam o cotidiano deste povo em Boa Vista, a força de sua cultura e a inserção social no novo país por meio de projetos, como as aulas de capoeira para crianças, promovidas pelo Centro de Capoeira da UFRR.
A organização e curadoria da exposição contou com o apoio técnico do UNFPA.
Onu
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