A representante especial do secretário-geral da ONU para a Migração Internacional participou no final de outubro de encontro regional africano sobre o processo que deve adotar um pacto global para uma migração segura, ordenada e regular.
No evento, na capital etíope Adis Abeba, Louise Arbour disse aos delegados de vários governos que o plano é uma “oportunidade para desafiar mitos atuais e construir uma narrativa com base na realidade”.
Para ela, o Pacto Global para Migração deve considerar que “a maioria dos Estados é ao mesmo tempo composta por países de origem, trânsito e destino”.
Ela disse haver, entretanto, realidades que obrigam a usar “a oportunidade do Pacto Global para abordar a migração em todos os seus aspectos e complexidades”.
Na África, 2% dos migrantes passaram a viver em outros países da região, enquanto a maior parte da migração ocorre entre países vizinhos.
Arbour apontou que é um “mal-entendido” muito frequente a informação de que a maioria dos migrantes em toda região tenta chegar aos países ocidentais, ao destacar que a crescente migração que vem ocorrendo se dá entre países do Sul global.
À exceção do norte da África, cerca de dois terços dos migrantes vão para outros países do próprio continente. A maioria vive dentro das suas sub-regiões.
No evento organizado pela Comissão Econômica da ONU para África, Abrour disse que devem ser ampliadas as vias regulares e legais de migração para melhor gerir a oferta e a demanda nos mercados de trabalho mundiais.
A representante da ONU enfatizou que a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que prevê facilitar a migração segura, ordenada e regular foi reiterada na Declaração de Nova Iorque.
Para ela, será possível cumprir esse propósito com “uma maior variedade e alcance de caminhos legais para os migrantes que não são refugiados, para que eles possam trabalhar nos mercados”.
Para ela, será possível cumprir esse propósito com “uma maior variedade e alcance de caminhos legais para os migrantes que não são refugiados, para que eles possam trabalhar nos mercados”.
(Matéria da ONU News em Nova Iorque)
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