terça-feira, 28 de novembro de 2017

Amnistia Internacional pede acordo para enfrentar crise de imigrantes na Líbia

A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje aos países da União Africana (UE) e de África que aproveitem a cimeira de quarta e quinta-feira em Abidjan para aprovar medidas destinadas a combater a crise dos imigrantes na Líbia.

Num comunicado divulgado hoje em Bruxelas, o porta-voz da organização internacional, John Dalhuisenm, "exige" que as autoridades dos dois continentes cheguem a "um acordo" para "travar o êxodo", e que "não viole os direitos humanos" de todos os que recorrem ao país para atravessar o Mar Mediterrâneo com destino à Europa.

A organização de defesa e promoção dos direitos humanos pede também aos países africanos que expliquem as medidas que pretendem tomar para "pressionar" os líderes europeus a abrirem "rotas legais e seguras" para refugiados e migrantes.

Sobre o escândalo provocado pelas imagens divulgadas recentemente pela cadeia de televisão norte-americana CNN, que dão contra de imigrantes subsaarianos em regime de escravatura em território líbio, a Amnistia Internacional afirmou que o fenómeno "não pode ter surpreendido" os líderes africanos.

"As imagens não podem ter surpreendido (os líderes africanos que vão a Abidjan)", lê-se no comunicado da Amnistia, que adianta que as organizações governamentais (ONG) têm vindo sistematicamente a denunciar a situação "desumana e violenta" enfrentada pelos refugiados e migrantes na Líbia, que inclui assassínios, torturas e violações.

Para a AI, a política da UE tem vindo a priorizar as políticas de prevenção para que os refugiados e migrantes não cheguem à Europa, "com o pleno conhecimento" de que tal implica que centenas de milhar de mulheres, homens e crianças sejam alvo de abusos.

DNLUSA

www.miguelimigrante.blogspot.com


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