A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje aos países
da União Africana (UE) e de África que aproveitem a cimeira de quarta e
quinta-feira em Abidjan para aprovar medidas destinadas a combater a crise dos
imigrantes na Líbia.
Num comunicado divulgado hoje em Bruxelas, o
porta-voz da organização internacional, John Dalhuisenm, "exige" que
as autoridades dos dois continentes cheguem a "um acordo" para
"travar o êxodo", e que "não viole os direitos humanos" de
todos os que recorrem ao país para atravessar o Mar Mediterrâneo com destino à
Europa.
A organização de defesa e promoção dos direitos
humanos pede também aos países africanos que expliquem as medidas que pretendem
tomar para "pressionar" os líderes europeus a abrirem "rotas legais
e seguras" para refugiados e migrantes.
Sobre o escândalo provocado pelas imagens
divulgadas recentemente pela cadeia de televisão norte-americana CNN, que dão
contra de imigrantes subsaarianos em regime de escravatura em território líbio,
a Amnistia Internacional afirmou que o fenómeno "não pode ter
surpreendido" os líderes africanos.
"As imagens não podem ter surpreendido
(os líderes africanos que vão a Abidjan)", lê-se no comunicado da
Amnistia, que adianta que as organizações governamentais (ONG) têm vindo
sistematicamente a denunciar a situação "desumana e violenta"
enfrentada pelos refugiados e migrantes na Líbia, que inclui assassínios,
torturas e violações.
Para a AI, a política da UE tem vindo a
priorizar as políticas de prevenção para que os refugiados e migrantes não
cheguem à Europa, "com o pleno conhecimento" de que tal implica que
centenas de milhar de mulheres, homens e crianças sejam alvo de abusos.
DNLUSA
www.miguelimigrante.blogspot.com
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