Estará o Facebook a tornar-se num estilo de Dark Web? O Centro Europeu de Contrabando de Migrantes da Europol revelou recentemente que identificou, só no ano passado, 1150 contas suspeitas nas redes sociais(em 2014 apenas foram detetadas 148 contas).
Segundo um membro da Europol, nas redes sociais existem pacotes completos de imigração, incluindo a entrada num país, residência e até permissões de trabalho, bem como casamentos e educação para as crianças.
A notícia foi avançada pelo JN que revela que as redes sociais são cada vez mais usadas por traficantes de seres humanos. Em declarações aos jornalistas, Lara Alegria, da Europol, revelou que “Há uma enorme variedade de serviços que estão a ser anunciados nas redes sociais, desde alojamento, transporte, identidades falsas, vistos, casamentos falsos, entre outros”.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) também falou sobre esta tendência e relata que um número crescente de migrantes que chegam a Itália e à Grécia foram “recrutados” nas redes sociais, especialmente através do Facebook.
O Centro Europeu de Contrabando de Migrantes da Europol considera também que o Facebook parece ser a plataforma de eleição para contrabandistas, apesar de começar a surgir uma preferência por outros serviços, como o Telegram. Segundo as informações, a maioria dos traficantes parece estar sediado na Turquia.
Um funcionário da Europol disse à EFE que alguns Estados-membros da UE lançaram investigações para apurar se existem funcionários consulares, que trabalham no exterior, a receber dinheiro de contrabandistas, em troca da emissão de vistos de entrada.
Em declarações à agência EFE, o Facebook referiu que qualquer conteúdo relacionado com tráfico de seres humanos é contrário aos padrões da comunidade e por isso é removido de imediato quando é denunciado.
Pedro Pinto
pplware.sapo.pt
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