sábado, 3 de junho de 2017

Atendimento transforma a vida de estrangeiros instalados na região de Camboriu

Famílias de haitianos falam sobre as mudanças obtidas a partir do trabalho realizado pelo escritório
Balneário Camboriú - Foram quase dois anos sem ver o filho. Meses de espera e muita saudade do seu primeiro herdeiro. A haitiana Sonia Vilbrun, 32 anos, chegou no Brasil em abril de 2014, acompanhada do marido Fernand Pierre, em busca de melhores condições de vida. O casal deixou o filho de nove anos com a avó materna, no Haiti, e quase dois anos após, conseguiram trazer o menino para Balneário Camboriú (SC), graças ao auxílio do Escritório de Relações Internacionais (ERI) da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que preparou os documentos por meio do processo de reunião familiar.

Antes o casal morou na República Dominicana. Lá, encontraram dificuldades e decidiram buscar outro país para viver. Foram ao Equador e de lá entraram no Brasil, com destino ao litoral catarinense. Já nos primeiros dias aqui, receberam indicação para procurarem o ERI, que apresentou orientações e documentos necessários para permanência regular no país.
Desenvolta nas palavras e com sorriso estampado no rosto, Sonia conta que teve um filho no Brasil, hoje já com um ano e seis meses.  Atualmente, ela trabalha como camareira em um hotel e o marido, na padaria de um supermercado. "Estamos muito felizes aqui e o escritório nos ajudou e auxilia bastante. Se não fossem eles, acredito que meu filho mais velho não estaria aqui e talvez nem a gente", afirma.
Agora, a família Vilbrun almeja a naturalização brasileira. Para isso, a equipe do ERI os orienta sobre documentos e procedimentos junto à Polícia Federal. O prazo para solicitação de alguns destes documentos é mais longo, pois dependem da Embaixada do Haiti.
Estrangeiros buscam confiabilidade nos atendimentos
Já o haitiano Dieulit Besson, 48, compareceu ao ERI pela primeira vez em maio de 2016, para fazer o formulário de autorização de viagem e de obtenção de visto para seus dois filhos que estavam no Haiti, um de três anos e outro com dez anos, que viriam para o Brasil acompanhados da mãe Elisabeth Besson Germain, 36. 

Besson autenticou os formulários e enviou à esposa para ela dar entrada e finalizá-lo junto ao centro para demandas de atendimento de visto no Haiti.  Em janeiro deste ano, finalmente ocorreu o reencontro da família. Juntos, eles buscam trabalho e moram em uma igreja de Balneário Camboriú que os acolheu.
"De verdade, o Brasil está muito bem, aqui nunca sofri discriminação. Bem ou mal, nosso pacto é estarmos sempre juntos, em família. Quero um lugar onde meus filhos possam crescer e estudar. Dei encaminhamento no processo pelo escritório porque confio neles, sei que tem credibilidade perante os outros órgãos", opina.
Veja o que a Sonia e o Besson dizem sobre o ERI:https://www.youtube.com/watch?v=ZTRYBHjr9QE
O Escritório de Relações Internacionais da Univali
O ERI, vinculado ao curso de Relações Internacionais da Univali, atua em diversas frentes, como agente no atendimento às demandas internacionais de atores sociais e organizações, para construção de bases, desenvolvimento de ações, programas e projetos que oportunizem desempenho internacional futuro mais amplo. Nos últimos três anos, o escritório consolidou parcerias com a Polícia Federal e a Embaixada no Haiti, para atendimento de brasileiros, estrangeiros e haitianos. Para saber mais sobre o ERI, cliqueaqui.
Mais informações: (47) 3261-1356, no Escritório de Relações Internacionais | (47) 3261-1353, na coordenação do curso de Relações Internacionais | (47) 99967-2956, com a professora Giselda da Silveira Cherem, responsável pelo ERI.
 Jornal Floripa
www.miguelimigrante.blogspot.com

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