O rascunho da declaração final da cúpula do G7 em Taormina, na Itália , solicita a defesa dos direitos dos imigrantes e refugiados, mas também autoriza que cada país adote suas próprias medidas para proteger suas fronteiras.
O texto, que está sendo elaborado pelas autoridades italianas, anfitriãs da reunião, será analisado pelos líderes do G7, a alemã Angela Merkel, o canadense Justin Trudeau, o japonês Shinzo Abe, o norte-americano Donald Trump, o francês Emmanuel Macron, o italiano Paolo Gentiloni e a britânica Theresa May.
"Apoiando os direitos humanos dos imigrantes e refugiados, reafirmamos os direitos soberanos dos Estados de controlarem suas fronteiras e fixarem limites claros para níveis de imigrantes, como elemento-chave para a segurança nacional e bem-estar econômico ", diz o texto que a Ansa teve acesso.
A crise imigratória é um dos principais temas discutidos nesta edição do G7, além do terrorismo, das mudanças climáticas e dos acordos comerciais. Considerada uma das cúpulas mais difíceis pela complexidade dos temas abordados, o G7 de Taormina tem o agravante de discórdia de posições.
Trump, por exemplo, defende medidas de restrição a imigrantes. Gentiloni e Merkel, por outro lado, tentam delinear políticas europeias de acolhimento de refugiados e de distribuição entre os países da Europa. O rascunho da declaração final também cita isso. "A gestão e o controle do fluxo de imigrantes são uma medida de emergência, e não de longo prazo", destaca o texto. "Por isso, [os líderes do G7] estão de acordo em estabelecer uma parceria para ajudar os países a criarem em suas fronteiras as condições para resolver as causas da imigração", afirma o rascunho. A cidade de Taormina, na Sicília, foi escolhida estrategicamente para sediar a cúpula do G7 já que recebe diariamente imigrantes e refugiados que cruzam o Mar Mediterrâneo.
Ansa
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