sábado, 5 de novembro de 2016

Fome ameaça 800 mil haitianos, alerta FAO

Agência de agricultura e alimentos da ONU alertou que assistência humanitária é urgentemente necessária para pessoas sofrendo com insegurança alimentar, sobretudo após passagem do furacão Matthew pelo país.
Alimentos são descarregados em Jeremie, uma das regiões mais atingidas pelo furacão no Haiti. Foto: Logan Abassi/ONU/MINUSTAH
Alimentos são descarregados em Jeremie, uma das regiões mais atingidas pelo furacão no Haiti. Foto: Logan Abassi/ONU/MINUSTAH
Cerca de 1,4 milhão de haitianos precisam de ajuda alimentar após o furacão Matthew ter promovido uma devastação generalizada de culturas agrícolas em grandes áreas da ilha caribenha. Mais de metade da população – 800 mil pessoas – precisa de assistência alimentar emergencial, segundo uma avaliação de emergência das Nações Unidas.
Promovido pelo governo do Haiti, pela Coordenação Nacional para a Segurança Alimentar (CNSA), pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) durante a semana posterior à passagem do furacão, o relatório confirma a necessidade urgente de prestar assistência alimentar imediata e ajudar a reconstruir os meios de subsistência das pessoas.
No departamento de Grande-Anse, por exemplo, a agricultura foi praticamente dizimada, armazéns de alimentos sofreram sérios danos e a disponibilidade de produtos locais se reduz no momento a frutas das árvores. Cerca de 50% dos animais foram perdidos em algumas áreas do departamento.
Na costa sul do Haiti, as atividades de pesca estão paralisadas por conta das inundações que tomaram as redes, armadilhas, barcos e motores. Como resultado, foi extremamente prejudicada a obtenção de renda das famílias para a compra de alimentos.
No departamento de Sud, quase todas as culturas de subsistência foram perdidas. Quase 90% das árvores florestais e frutíferas foram severamente danificadas, e as 10% restantes provavelmente não produzirão nessa temporada.
“Produtos locais se tornam escassos nos mercados muito em breve e precisamos de mais financiamento para continuar a distribuição de alimentos para ajudar 800 mil pessoas que precisam de assistência alimentar urgente”, disse Miguel Barreto, diretor regional do Programa Mundial de Alimentos na América Latina e Caribe.
FAO
Onu

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