Os países da União Europeia vão começar a reenviar
para a Grécia os migrantes que chegaram à Europa nos últimos cinco meses
através daquele país para que os respetivos pedidos de asilo sejam avaliados
pelas autoridades gregas.
A devolução de refugiados na UE é feita ao abrigo
do chamado Protocolo de Dublin, segundo um qual os pedidos de asilo devem ser
analisados no Estado pelo qual o refugiado entrou no espaço europeu.
Esta regra foi suspensa em 2015 dada a chegada à
Grécia de centenas de milhares de pessoas, muitas delas refugiados da guerra na
Síria.
Em dezembro passado, a Comissão Europeia recomendou
aos Estados membros que retomassem gradualmente a transferência para a Grécia
dos migrantes que chegaram a partir de 15 de março.
"Alguns Estados membros apresentaram os
pedidos, mas as transferências ainda não começaram. A Grécia tem de assegurar
que tem as condições de receção adequadas", explicou hoje a porta-voz da
Comissão Europeia para as migrações, assuntos internos e cidadania, Tove Ernst.
"As condições de receção na Grécia melhoraram
significativamente desde o ano passado, razão pela qual a Comissão recomendou o
recomeço gradual das transferências", disse.
Os serviços de imigração da Grécia informaram por
seu turno que foram apresentados pedidos para a transferência de mais de 400
migrantes. Até ao momento, foram aceites sete pedidos.
Segundo o ministro das Migrações grego, Yannis
Muzalas, os regressos vão ser em "pequeno número".
"Vamos receber algumas dezenas de pessoas nos
próximos meses", disse hoje o ministro à televisão privada Skai TV.
"Isso vai ser feito desde que tenhamos as condições adequadas para as
receber", acrescentou.
A medida, acrescentou, é um "gesto
simbólico" determinado pelos compromissos europeus da Grécia.
Muzalas acrescentou que até ao momento os parceiros
europeus da Grécia receberam mais de 30.000 refugiados e migrantes.
Os serviços de imigração gregos indicaram que os
refugiados e migrantes devolvidos ao país vão ser instalados em apartamentos
alugados ou campos de refugiados no continente e poderão pedir asilo na Grécia.
DN
www.miguelimigrante.blogspot.com
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