O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, e seus parceiros, começaram a realocar mais de 33.000 refugiados congoleses que estavam nos centros de acolhida superlotados no norte de Angola para um novo assentamento instalado em Lóvua, cerca de 100 quilômetros em direção ao interior da fronteira com a República Democrática do Congo. Aproximadamente 1.500 refugiados foram realocados do centro de acolhimento de Mussunge para o novo assentamento nessa terça (8 de agosto), em transportes organizados.
Desde abril deste ano, refugiados congoleses têm recebido assistência humanitária nos centros temporários de acolhida de Cacanda e Mussunge, bem como nas comunidades limítrofes de Dundo, capital da província de Lunda Norte.
O governo angolano reservou aproximadamente 33 km2 de terra para o assentamento de Lóvua, melhorando as condições de moradia dos refugiados. Todos os refugiados receberão um pedaço de terra para construir seus abrigos e plantar comida, uma forma de complementar sua alimentação. A distância do assentamento da fronteira ajudará na manutenção do caráter humanitário e civil do lugar.
Desde março, milhares de congoleses deixaram a violência e as tensões étnicas na região do Kansai, na República Democrática do Congo, em direção ao norte de Angola. Enquanto a situação securitária na região de Kansai permanece instável, as autoridades angolanas, o ACNUR e outros parceiros, estão prontos para garantir a proteção e a assistência de mais de 50.000 refugiados congoleses até o final de 2017, em Lóvua.
Em junho, O ACNUR e outras agências humanitárias lançaram um pedido de 65.5 milhões de dólares para que a Angola providencie proteção à vida e assistência aos refugiados congoleses de Kansai. Até agora, apenas 32% da quantidade solicitada foi recebida. Mais fundos são necessários para dar continuidade ao desenvolvimento de infraestrutura e serviços aos refugiados no assentamento de Lóvua.
Acnur
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