A Acadêmicos do Salgueiro, seguindo o seu próprio lema - "Nem pior nem melhor. Apenas uma escola diferente" - quer fazer a diferença no carnaval de 2022. Numa atitude inédita, a escola vai levar para a Sapucaí um grupo de 20 refugiados, de cinco nacionalidades diferentes, que moram no Rio. No enredo "Resistência", eles vão representar a diversidade da sociedade brasileira.
Os 20 refugiados foram selecionados pela Cáritas e pelas Aldeias Infantis SOS Brasil, numa parceria entre o Salgueiro e a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O grupo reúne pessoas vindas de Angola, Marrocos, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela.
Eles têm participado de todos os ensaios da comunidade. O grupo foi dividido dois. Ou seja, dez pessoas vão desfilar na ala que representa Dom Obá II D'África e na ala que homenageia o projeto AfroReggae.
“Apesar de o enredo falar sobre a resistência preta, nós estamos pedindo respeito, valorização e reconhecimento a todas as minorias, o que inclui as pessoas refugiadas. O Brasil é um país que acolhe, mas que precisa dar oportunidade de crescimento a todos aqueles que chegam por aqui”, disse André Vaz, presidente do Salgueiro.
Vinte refugiados ensaiam desde o início do ano em duas alas do Salgueiro, que vai levar para a Sapucaí o enredo "Resistência" — Foto: Divulgação/Acnur/Miguel Pachioni
O Salgueiro, que já desenvolve vários programas sociais nas comunidades do Andaraí, na Zona Norte do Rio, pretende ampliar esses serviços para a população refugiada na cidade. E busca uma parceria com a Acnur para capacitar essas pessoas.
A participação de refugiados no desfile das escolas de samba, um evento icônico, também é uma forma de celebrar a inclusão na sociedade brasileira.
No Brasil, há mais de 62 mil refugiados de mais de 50 nacionalidades. Na cidade são cerca de 1.200 pessoas de várias nacionalidades.
G1
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