terça-feira, 19 de abril de 2022

Brasil acolhe mais de 7 mil indígenas venezuelanos, afirma Acnur

 Agência da ONU para Refugiados diz que 819 foram reconhecidos como refugiados; metade do grupo espera análise do pedido e 33% possuem residência temporária no país; agência faz campanha para combater xenofobia e discriminação.*

Desde 2014, um fluxo crescente de pessoas indígenas da Venezuela tem sido registrado pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur, no Brasil.

Segundo o Acnur, mais de 7 mil indígenas venezuelanos estão em território brasileiro, sendo que 819 já foram reconhecidos como refugiados pelo governo do país.

Situação gerada pela entrada de refugiados nos vizinhos Brasil, Colômbia, Equador e Peru aumentou a necessidade de apoio a atividades de educação
Foto: Unicef/UN0304588/Arcos
Situação gerada pela entrada de refugiados nos vizinhos Brasil, Colômbia, Equador e Peru aumentou a necessidade de apoio a atividades de educação

Refugiados indígenas

Mais de 3,7 mil, que representam mais da metade do grupo, aguardam a análise da solicitação de asilo, enquanto 33% já possuem residência temporária no país.

Crianças e adolescentes representam quase metade desta população, que é composta por diferentes grupos étnicos, sendo a maioria Warao e Pemón.

Grande parte dos povos originários da Venezuela se concentram nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, mas diversos Warao continuam se deslocando a outras áreas do Brasil.

De acordo com o representante do Acnur, em Brasília, José Egas, o trabalho humanitário requer responsabilidade em adaptar serviços de acordo com crenças e tradições dos grupos.

Ele adiciona que, em apoio às ações do governo e em parceria com outras agências da ONU, organizações da sociedade civil e do setor privado, o Acnur é capaz de implementar soluções “assegurando direitos fundamentais e garantindo sua proteção como pessoas indígenas e refugiadas no território brasileiro”.

Cultura imaterial Warao 

Na página do Acnur, existem dados sobre a resposta, publicações e uma série de vídeos para ajudar com informação, conscientização e combater a xenofobia e a discriminação. Uma dessas ações é a série de vídeos “Cultura Imaterial Warao”, divididos em cinco diferentes temas: mito, alimentos e cura, língua, dança e canto.

Ao apresentar a diversidade cultural e os amplos conhecimentos imateriais dos Warao, o conteúdo resgata suas tradições para que suas origens e crenças sejam sempre lembradas e compreendidas.

Este 19 de abril, o Brasil marca o Dia do Índio.

 Acnur Brasil

www.miguelimigrante.blogspot.com

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