quarta-feira, 16 de março de 2022

Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados Brasil se prepara para acolher ucranianos e afegãos

 O Serviço a Migrantes e Refugiados Brasil iniciou em 2018 o Programa Acolhe Brasil, mobilizando esforços para apoiar a interiorização de migrantes e solicitantes de refúgio venezuelanos. Diante do conflito na Ucrânia, o programa está avançando para uma segunda etapa,


Refugiada ucraniana  (ANSA)
Refugiada Ucraniana (Ansa)

Mais uma guerra, causando uma avalanche de refugiados, de pessoas inocentes sofrendo as consequências de uma ofensiva militar que quase ninguém entende. Quase 3 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, um número que poderia aumentar para 4 milhões se a guerra continuar.

Neste contexto, o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) está trabalhando para mobilizar recursos em todo o mundo de forma coordenada para fornecer assistência imediata tanto na Ucrânia como nos países vizinhos, que têm mantido suas fronteiras abertas para acolher aqueles que fogem da guerra.

O fluxo de refugiados, tanto dentro do país como a caminho de outros países, é constante. Em resposta a esta situação, os jesuítas estão dando apoio em várias cidades do país para aqueles que se dirigem para a fronteira, a maioria deles para a Polônia. O trabalho do JRS está facilitando o transporte de pessoas das fronteiras, além de fornecer suprimentos básicos e apoiar as pessoas na busca de acomodações temporárias através de assistência para aluguel. Além disso, está sendo prestada assistência jurídica, administrativa e psicológica.

O mesmo está sendo feito na Romênia, Hungria e Eslováquia. Também nos países balcânicos, o JRS está se organizando para receber alguns refugiados ucranianos se a guerra persistir. O mesmo está sendo planejado nos 22 escritórios nacionais do JRS Europa, buscando a coordenação com as autoridades públicas.

O Serviço a Migrantes e Refugiados Brasil iniciou em 2018 o Programa Acolhe Brasil, mobilizando esforços para apoiar a interiorização de migrantes e solicitantes de refúgio venezuelanos. Diante do conflito na Ucrânia, o programa está avançando para uma segunda etapa, a fim de favorecer a acolhida de ucranianos/as e afegãos/ãs.

No caso dos Ucranianos/as e Afegãos/ãs, o programa tem 5 passos, partindo de sensibilizar e consolidar “espaços de acolhida”, buscando favorecer a integração socioeconômica e cultural dessas pessoas no Brasil. Desde o SJMR Brasil está sendo procurado espaços de acolhida com parceiros e em condições dignas. Para isso convidam famílias, comunidades e coletivos com interesse em acolher, colocando à disposição dos interessados um link para se cadastrar: https://bit.ly/acolhe_brasil

O SJMR incentiva que as comunidades e paróquias da Igreja Católica em todo país possam fazer esforços para acolher ao menos uma família. Quem manifestar interesse serão capacitados, recebendo posteriormente um certificado de “espaço de hospitalidade”. A acolhida será por até 3 messes e será oferecido aos refugiados um curso de português.

O Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados Brasil quer que essa experiência seja uma oportunidade para fazer realidade “uma hospitalidade fraterna, solidária e expressão concreta que somos uma só família humana”. Quem acolhe está diante da possibilidade de “contribuir com a continuidade do projeto de vida de muitas pessoas, além de realizar uma rica troca cultural”.

Não esqueçamos as palavras do Papa Francisco: “Os migrantes e os refugiados (…) não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem”.

Padre Modino - CELAM

Vatican News 

www.miguelimigrante.blogspot.com

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