quinta-feira, 17 de março de 2022

Dia Nacional da Imigração Judaica celebra a presença israelita no Brasil

 


A comunidade Judaica no Brasil é a segunda mais importante da América Latina, atrás da Argentina e à frente do México, com 120 mil judeus.

O dia 18 de março foi escolhido, pro projeto de lei sancionado em 2009, como o Dia Nacional da Imigração Judaica, em função da reinauguração da sinagoga Kahal Kadosh Tzur Israel, em Recife, a primeira sinagoga das Américas, ocorrida nesta data.

A presença judaica no Brasil se dá com a chegada das primeiras caravelas portuguesas e desde então, o país acolheu judeus em diferentes períodos .

O século XVI traz os cristãos-novos ao Brasil. No século seguinte, a Ocupação Holandesa, no Nordeste, permitiu favoravelmente a instalação de uma comunidade judaica. A Nova Holanda, governada de 1637 a 1644 por Maurício de Nassau exibia uma tolerância fora de padrões para a época, com outras religiões. Entre 1630 e 1654, há, em Recife, registros da primeira comunidade judaica organizada do Brasil. Entre 1636 e 1640, houve a fundação, também em Recife, da primeira sinagoga e centro comunitário judaico das Américas, a Kahal Kadosh Zur Israel (Santa Comunidade Rochedo de Israel).

A segunda comunidade judaica organizada no Brasil nasce no século XIX, e foi fundada em Belém, capital do Estado do Pará, a partir da década de 1820. O ciclo da borracha, na virada para o século XX, atraiu imigrantes de vários países, inclusive judeus.

Em 1840/1850, foi fundada, no Rio de Janeiro, a primeira instituição judaica, a União Shel Guemilut Hassadim, estabelecida por judeus marroquinos que migraram do norte do Brasil. Em 1867, foi criada a Alliance Israélite Universelle e, em 1873, a Sociedade União Israelita. Outra instituição dessa época é a Sociedade Israelita do Rito Português.

Em 1904, há registros da primeira colônia gaúcha, em Philippson, região de Santa Maria, com 37 famílias originárias da Bessarábia.

De 1914 a 1930, migrantes judeus da Europa Oriental e Ocidental e do Oriente Médio formaram comunidades estruturadas nas principais cidades do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

Entre 1933 e 1939, período que marca a ascensão do nazismo até o início da Segunda Guerra Mundial, cerca de 17.500 judeus entraram no país.

Em finais dos anos 1950, chegaram os judeus húngaros e os egípcios, que se instalaram, sobretudo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em 2002, o Brasil atrai judeus oriundos da América Latina, que deixam seus países em momentos de crise política ou econômica.

conib.org.br

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