Entre aquelas condições "horríveis" estão a separação de famílias, o abuso sexual de crianças, histerectomias desnecessárias, uso da força e gás pimenta, insultos racistas, uso arbitrário e punitivo da detenção em solitário, a detenção prolongada, transferências sem avisar advogados ou familiares e negligência médica, que causou mortes.
Também se prenderam pessoas em celas extremamente frias, onde tiveram de dormir no chão, sem qualquer proteção, e a quem se negaram cuidados médicos.
O documento, que se realizou com base em declarações de imigrantes, apresentadas em procedimentos judiciais para impugnar a sua detenção durante a crise da pandemia do novo coronavirus, e em entrevistas a ex-detidos, centra-se na "necessidade urgente" não só de libertar os presos como de acabar com "um sistema cruel".
No relatório, detalhou-se que desde 2003 morreram mais de 200 pessoas sob custódia do ICE.
Por junto, realçou-se no texto que o sistema de imigração está concebido para desanimar a vontade de lutar destas pessoas para que abandonem a ideia de quererem ir para os EUA.
A lista de detidos nestes centros inclui imigrantes em busca de asilo, sobreviventes de torturas e outros que já viviam há décadas nos EUA, mas sem a situação regularizada.
Mas também existem pessoas cujos filhos ou esposos são cidadãos dos EUA, residentes legais, imigrantes com doenças mentais, idosos e crianças.
Os autores da investigação defenderam que "o centro do problema é o constante endurecimento das políticas de imigração".
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