sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

No Dia dos Direitos Humanos, ONU alerta para aumento de desigualdade

 

As Nações Unidas celebram, neste 10 de dezembro, o Dia dos Direitos Humanos. O tema desse ano é a redução das desigualdades.

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o mundo está numa “encruzilhada” com pandemia, crise climática e a expansão das tecnologias digitais ameaçando os direitos humanos.

Exclusão

Para ele, a exclusão e a discriminação crescem em meio à diminuição da esfera pública. Guterres lembrou que a pobreza e a fome estão aumentando, pela primeira vez, em décadas e milhões de crianças estão perdendo o seu direito à educação. 

Há 73 anos, em 1948, a Assembleia Geral adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os princípios estabelecidos no texto continuam a ser a chave para a realização de todos os direitos humanos, para todas as pessoas, em todos os lugares.

Para Guterres, a recuperação da pandemia deve ser uma oportunidade para expandir os direitos humanos e as liberdades e reconstruir a confiança na justiça e na imparcialidade das leis e das instituições. 

Ele reafirmou que as Nações Unidas defendem os direitos de cada membro da “família humana” e que continuará a trabalhar pela justiça, igualdade, dignidade e direitos humanos para todos.

Versão inicial da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Foto ONU/Greg Kinch
Versão inicial da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Esperança

Também em mensagem sobre a data, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse que os dois últimos anos foram uma demonstração dolorosa do custo intolerável de desigualdades crescentes. 

Ao lembrar a Declaração Universal, ela citou os diversos progressos vistos, com mais crianças indo às escolas e mais mulheres conquistando autonomia. 

Mas as crises dos últimos 20 anos vêm atrasando o ritmo do progresso. Ela também avaliou que a pandemia deixou efeitos arrasadores, aprofundando as diferenças, a começar pela distribuição de vacinas.

Bachelet citou a crise climática, que afeta milhões de pessoas e aumenta o número que migra em decorrência dos efeitos das mudanças no clima. 

Para ela, a igualdade está no centro dos direitos humanos e que é preciso abraçar toda diversidade e exigir o fim de qualquer tipo de discriminação.

Onunews

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